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Edmundo González se autoproclama presidente da Venezuela e contesta vitória de Maduro

Resultado da eleição é contestado no país

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Edmundo González se autoproclama presidente da Venezuela e contesta vitória de Maduro

Foto: Reprodução / X

Edmundo González proclamou-se o novo presidente da Venezuela nesta segunda-feira (5). A oposição contra Nicolás Maduro, liderada por González e María Corina Machado, contesta o resultado das eleições desde o dia da votação, em 28 de julho.

A autoproclamação de González é mais simbólica do que prática, já que quem tem poder legal é o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que deu a vitória a Maduro segundo resultados divulgados na semana passada. Os resultados são contestados pela oposição e pela comunidade internacional, pois o CNE é alinhado ao presidente venezuelano. 

"Nós vencemos esta eleição sem qualquer discussão. Foi uma avalanche eleitoral, cheia de energia e com uma organização cidadã admirável, pacífica, democrática e com resultados irreversíveis. Agora, cabe a todos nós fazer respeitar a voz do povo. Procede-se, de imediato, à proclamação de Edmundo González Urrutia como presidente eleito da República", disse comunicado assinado por González e María Corina Machado, líderes da oposição. No comunicado, os opositores pedem também que os militares venezuelanos se coloquem "ao lado do povo".

O resultado da eleição na Venezuela é alvo de desconfiança de especialistas e autoridades internacionais depois de o presidente Nicolás Maduro, no cargo há 11 anos, ter sido declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) na segunda-feira (29). O órgão responsável pelas eleições no país é presidido por um aliado de Maduro. Se o sucessor de Hugo Chávez perdesse, a oposição chegaria ao poder no país após 25 anos.

Maduro foi reeleito com 51,95% dos votos, enquanto seu opositor, Edmundo González, recebeu 43,18%, com 96,87% das urnas apuradas, segundo números do CNE atualizados na tarde desta sexta-feira (2). A oposição e a comunidade internacional contestam o resultado divulgado pelo órgão eleitoral e pedem a divulgação das atas eleitorais. Segundo contagem paralela da oposição, González venceu Maduro com 67% dos votos, contra 30% de Maduro.

Veja declaração: 

Eleição 
Nicolás Maduro foi declarado o vencedor das eleições de 28 de julho pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) na segunda-feira (29). O órgão responsável pelas eleições no país é presidido por um aliado do presidente.

Maduro foi reeleito com 51,95% dos votos, enquanto seu opositor, Edmundo González, recebeu 43,18%, com 96,87% das urnas apuradas, segundo números do CNE atualizados na tarde desta sexta-feira (2).

A oposição e a comunidade internacional contestam o resultado divulgado pelo órgão eleitoral e pedem a divulgação das atas eleitorais. Segundo contagem paralela da oposição, González venceu Maduro com 67% dos votos, contra 30% de Maduro.

Com base nessas contagens, Estados Unidos, Panamá, Costa Rica, Peru, Argentina e Uruguai declararam que o candidato da oposição venceu Maduro.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) também não reconheceu o resultado das eleições presidenciais. Em relatório feito por observadores que acompanharam o pleito, a OEA diz haver indícios de que o governo Maduro distorceu o resultado.

O relatório também afirmou que o regime venezuelano aplicou "seu esquema repressivo" para "distorcer completamente o resultado eleitoral".

Brasil, Colômbia e México divulgaram uma nota conjunta na quinta-feira (1º), pedindo a divulgação de atas eleitorais na Venezuela. A nota pede também a solução do impasse eleitoral no país pelas "vias institucionais" e que a soberania popular seja respeitada com "apuração imparcial".

O Brasil já vinha pedindo que o CNE — órgão controlado na prática por Maduro — apresente as atas eleitorais, espécie de boletim das urnas.

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