Michel Telles

EDP registra lucro líquido de R$ 496 milhões no primeiro trimestre de 2021

Companhia alcança EBITDA de R$ 1 bilhão, um aumento de 50% sobre o ano anterior, e apresenta plano estratégico com foco em liderar a transição energética

Por Michel Telles
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EDP registra lucro líquido de R$ 496 milhões no primeiro trimestre de 2021

EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro, registrou lucro líquido de R$ 496 milhões no primeiro trimestre de 2021, um aumento de 82,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O EBITDA (lucro antes de taxas, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1 bilhão, aumento de 50,1% em relação aos primeiros meses de 2020.

Mesmo com os efeitos da pandemia ainda evidentes, a Companhia dedicou esforços a fim de mitigar seus impactos e registrar o resultado positivo. O período foi marcado pelo início da gestão de João Marques da Cruz como CEO da EDP no Brasil. O executivo atuava como conselheiro de administração da Companhia desde 2015.

A Empresa anunciou um estruturado plano estratégico com visão 2021-2025, que prevê o investimento de R$ 10 bilhões nos principais segmentos de atuação da Companhia no Brasil. No total, cerca de 90% será destinado para as áreas de Distribuição e Geração Solar, sendo complementado pelo segmento de Transmissão.

“Vivemos um momento de transformação no setor elétrico, uma grande mudança, com novas formas de produção de energia e liberalização do mercado. Para acompanhar esse movimento e liderar a transição energética do setor, estamos alinhados com a visão global do Grupo EDP. Os resultados do trimestre são muito bons para uma ano complicado como o de 2021, o que mostra bem a resiliência da nossa companhia,” destaca João Marques da Cruz, presidente da EDP no Brasil.

Avanços para o crescimento do portfólio Solar

O primeiro trimestre marcou a aquisição da AES Inova, uma plataforma de investimento em geração solar distribuída, com um investimento total de R$ 177 milhões. Com a operação, a EDP ampliou em 50% o tamanho de sua carteira de projetos e deu sequência em sua estratégia de crescimento no segmento de energia solar. O fechamento do negócio adiciona quase 34 MWp ao portfólio da EDP por meio de ativos localizados no Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais.

A Companhia concluiu também no período, o acordo de investimentos para aquisição de até 40% do capital votante da Blue Sol Participações S.A., através de sua controlada EDP Ventures Brasil S.A.

Aumento do portfólio de Transmissão

A Empresa adquiriu no mercado secundário a Mata Grande Transmissora de Energia LTDA, do grupo IG e, dessa forma, o contrato de concessão do Lote 18, localizado no Maranhão e arrematado no Leilão de Transmissão ANEEL nº 002/2018, realizado em abril de 2018. O investimento da Companhia foi de R$ 88,5 milhões, valor que inclui todos os custos de execução da obra. Com esta operação, a EDP Brasil passa a ter sete lotes, totalizando 1.554 quilômetros de linhas de Transmissão em seu portfólio.

Seguindo com excelência o planejamento de concluir obras de maneira antecipada, a EDP registrou a entrada parcial em operação do Lote de Transmissão MA I (lote 7), no estado do Maranhão, com 17 meses de antecipação com relação a prevista no calendário da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A companhia segue em ritmo acelerado o andamento da construção dos demais lotes, reforçando seu compromisso de entrega antecipada e cristalização de valor.

Expansão de subestações e redes de Distribuição

No trimestre, os investimentos em Distribuição totalizaram R$ 224,5 milhões, um aumento de 34,3%, em função do reforço dos investimentos nas áreas de concessões da EDP no Espírito Santo e em São Paulo. Com o objetivo de aumentar a eficiência por meio do uso da tecnologia, foram realizados aportes em obras de expansão (subestações e redes de distribuição para ligações de novos clientes), melhoria de rede (substituição de equipamentos), telecomunicações e informática, além de projetos relacionados a combate às perdas.

Conclusão do Programa de Recompra de Ações

Com o objetivo de otimizar sua estrutura de capital, a EDP está com uma alavancagem consolidada em 2,5x Dívida Líquida / EBITDA ajustado, desconsiderando os efeitos não recorrentes dos últimos 12 meses. Seguindo sua Política de Dividendos, os níveis de alavancagem devem girar em torno de 2,5 a 3,0x, seja através de aumento de investimentos nos negócios ou via recompra de ações. A Companhia concluiu no dia 6 de abril, seu primeiro Programa de Recompra de Ações. Ao longo dos últimos meses, a EDP adquiriu 24,2 milhões de ações, equivalente a 8,10% do papel em circulação.

Combate à segunda onda da pandemia

Em meio ao aumento no número de casos, e a segunda onda da pandemia que atingiu o Brasil, a Companhia destinou mais R$ 4 milhões por meio de iniciativas nos campos da saúde e do combate à fome, nos estados de São Paulo e Espírito Santo.

A primeira delas foi o apoio ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP) na contratação de profissionais de saúde que estão reforçando o atendimento aos pacientes com Covid-19. Para isso, a EDP uniu forças com o banco BTG Pactual, a Cosan e a Eurofarma para viabilizar a contratação de 386 profissionais, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e auxiliares de enfermagem. Esta doação possibilitou a abertura de 56 novos leitos de UTIs e 75 de enfermaria.

Em outra frente, ainda no Estado De São Paulo, a EDP está apoiando o Programa Alimento Solidário com a doação de 3.400 cestas básicas. A entrega às famílias aconteceu em abril. O programa é um benefício do Governo de São Paulo, que atende famílias em situação de extrema vulnerabilidade e inscritas no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais), com renda per capita de até R$ 89.

No Espírito Santo, a EDP atuou em conjunto com as empresas Suzano e Águia Branca, pela aquisição de 60 leitos para tratamento semi-intensivo em hospitais públicos no Estado. Além dos custos com a instalação, a Companhia realizou a compra de todos os equipamentos, que estão sob propriedade do Governo. A iniciativa, coordenada pelo movimento empresarial Espírito Santo em Ação, entregou os leitos à Grande Vitória e à cidade de São Mateus. 

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