Eduardo Bolsonaro diz ter “orgulho” de ser chamado de réu pelo STF
Deputado reage à decisão da Primeira Turma que aceitou denúncia da PGR por coação

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que é “motivo de orgulho” ter sido tornado réu pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi publicada nesta segunda-feira (17) na rede social X, logo após a Primeira Turma da Corte aceitar, por unanimidade, denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Ser chamado de réu num país onde esta mesma suprema corte, que me processa, solta bandidos é motivo de orgulho”, escreveu o deputado.
Segundo a denúncia, Eduardo Bolsonaro articulou, nos Estados Unidos, pressões e possíveis sanções contra autoridades brasileiras. Ele está no país desde fevereiro, e sua permanência teria como objetivo interferir no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Embora todos os ministros já tenham votado, o resultado será oficializado apenas no dia 25 de novembro, quando o julgamento será encerrado.
Ser chamado de réu num país onde esta mesma suprema corte, que me processa, solta bandidos é motivo de orgulho.
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) November 17, 2025
E os que celebram esta notícia são pobres de espírito, frutos de sua própria ignorância. Que Deus tenha piedade. pic.twitter.com/8ZkJojQpV3
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que há indícios de que o deputado buscou provocar instabilidade institucional ao acionar interlocutores nos EUA.
“Há relevantes indícios de que as condutas de Eduardo Nantes Bolsonaro tinham como objetivo a criação de um ambiente institucional e social de instabilidade, com aplicação de crescentes sanções a autoridades brasileiras e prejuízos econômicos ao Brasil, como modo de coagir os Ministros do Supremo Tribunal Federal a decidir favoravelmente ao réu Jair Messias Bolsonaro”, afirmou Moraes.
O procurador-geral Paulo Gonet sustenta que Eduardo Bolsonaro acionou contatos no governo norte-americano para pressionar o STF a encerrar processos relacionados à tentativa de golpe sem condenações.

