Eduardo Bolsonaro é cobrado em quase R$ 14 mil pela Câmara por faltas sem justificativas

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi cobrado pela Câmara dos Deputados em um valor de R$ 13.941,40, por faltas sem justificativas ocorridas em março deste ano, quando o filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve nos Estados Unidos e apresentou uma licença de 120 dias do mandato.

Eduardo foi notificado no dia 13 de agosto. Segundo a Câmara, não houve o pagamento até a atualização desta nota.

"Devido à insuficiência de saldo na folha de pagamento de março, instaurou-se processo de cobrança administrativa individualizado. No dia 13 de agosto, foi encaminhada a respectiva Guia de Recolhimento da União (GRU), com vencimento em 12/09/2025. O ofício foi recebido fisicamente no gabinete por uma secretária parlamentar", informou a Casa.

"Estão em curso os trâmites para inclusão do nome do devedor no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) e, posteriormente, o envio do processo à Dívida Ativa da União (DAU), para prosseguimento da cobrança", apontou.

Denúncia da PGR

Na última segunda-feira (22), a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o deputado federal ao Supremo Tribunal Federal (STF) por coação no processo da tentativa de golpe de Estado, no qual Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão.

Segundo a Procuradoria, Eduardo Bolsonaro e o influenciador Paulo Figueiredo ameaçavam os ministros do Supremo com sanções internacionais, tanto para os membros da Corte quanto para o Brasil. De acordo com a PGR, eles atuavam nos Estados Unidos, dialogando com contatos do alto escalão do governo norte-americano.

Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo classificaram a acusação como "fajuta" e chamaram o procurador-geral da República, Paulo Gonet, de "lacaio" do ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Processo contra Eduardo Bolsonaro

Já nesta terça-feira (23), o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu um processo contra o filho 03 de Jair Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar, que pode resultar na cassação de seu mandato.

Este processo foi instaurado após uma ação apresentada pelo PT, que questiona a atuação do parlamentar nos EUA, acusando-o de trabalhar em defesa de sanções para "desestabilizar instituições republicanas" brasileiras. Além disso, o partido solicita a perda do mandato de deputado.

Atualmente, Eduardo vive nos Estados Unidos e afirma que não retornará ao Brasil devido à "perseguição política". Ele foi indicado como líder da minoria na Câmara, no entanto, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), indeferiu a solicitação.