El Niño atinge pico máximo, mas previsões indicam enfraquecimento a partir de fevereiro

O fenômeno El Niño, responsável pelo aquecimento das águas do Pacífico Equatorial, alcançou seu pico máximo e, segundo previsões da meteorologista Andrea Ramos, do Instituto Nacional de Metrologia (Inmet), deverá começar a perder intensidade a partir de fevereiro. Mesmo com essa diminuição, o El Niño ainda continuará influenciando diversos aspectos climáticos até o outono de 2024, quando se espera uma transição para uma fase de neutralidade. As informações são da Agência Brasil. 

Andrea Ramos explica que a neutralidade representa a ausência de eventos tanto do El Niño quanto do La Niña, mantendo condições climáticas comuns às estações. Com o fim do El Niño, o Brasil caminha para um período de neutralidade, onde a previsão é de transição para o La Niña em setembro, conforme indicado pela previsão Clima Noah.

Enquanto o El Niño caracteriza-se por temperaturas mais elevadas, o La Niña traz um cenário inverso, com resfriamento das águas do Pacífico Equatorial. Isso impacta as chuvas, reduzindo-as na Região Sul e aumentando-as na Região Norte. O ano de 2023 foi marcado como o mais quente em 174 anos de registros da Organização Meteorológica Mundial (OMM), impulsionado pelo El Niño.

Para o verão de 2024, a previsão climática indica que as temperaturas permanecerão acima da média nos meses de janeiro, fevereiro e março. No entanto, a partir de abril e maio, há uma tendência de diminuição. A meteorologista alerta que o El Niño não é o único fator influenciador das condições climáticas, mencionando que o aquecimento do Atlântico também desempenha um papel importante.

Andrea Ramos enfatiza que o monitoramento constante é necessário, considerando que previsões do tempo e previsões climáticas envolvem escalas diferentes. Apesar do panorama de temperaturas elevadas e possíveis ondas de calor para o verão, a previsão do tempo indica chuvas até o final deste mês.