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El Niño deve diminuir de intensidade nos próximos meses, aponta boletim

Segundo projeções, anomalias de temperatura da superfície do mar atingirão a neutralidade ainda no 2º trimestre

Por Da Redação
Ás

El Niño deve diminuir de intensidade nos próximos meses, aponta boletim

Foto: Divulgação/ANA

A 6ª edição do boletim Painel El Niño 2023-2024 aponta a diminuição da intensidade do fenômeno em comparação com os meses anteriores. Segundo as projeções do informe, as anomalias de temperatura da superfície do mar atingirão a neutralidade ainda no 2º trimestre (abril, maio e junho), com possibilidade da formação do fenômeno La Niña no segundo semestre deste ano.

Ao contrário do El Niño, o La Niña é um fenômeno que consiste no resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico e é responsável tanto por chuvas fortes no Norte e Nordeste do Brasil quanto por secas no Sul. O boletim é produzido em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD).

O boletim destaca que a previsão climática para o Brasil em março, abril e maio indica maior probabilidade de chuva abaixo do normal em parte das regiões Norte e Nordeste. Em parte da região Sul, de Mato Grosso do Sul, São Paulo e áreas da região Norte; a previsão indica maior probabilidade de chuva acima do normal. 

A tendência é de precipitações abaixo da média para a porção norte do Nordeste, devido ao El Niño e a condições mais quentes do que o normal no Atlântico Tropical Norte. Em relação à temperatura, a previsão indica maior probabilidade de que ela fique acima do normal, principalmente no Centro-Norte do País.

O Painel também aborda a situação e os impactos sobre os recursos hídricos, como as condições de seca em todo o País, retratada pelo Monitor de Secas . De dezembro de 2023 a janeiro de 2024, a ferramenta da Agência Nacional de Águas (ANA) indicou redução de áreas com seca extrema no Amazonas, além do surgimento de uma área com seca grave a leste do Pará e aumento da área com seca grave em Roraima. Também registrou a manutenção das áreas de seca excepcional ao sul de Rondônia e a oeste e noroeste de Mato Grosso. 

No Nordeste, surgiram áreas de seca grave no interior do Maranhão, Pernambuco e sul do Ceará; mas foram reduzidas as áreas com seca grave na Bahia e ao sul do Piauí. Por fim, surgiram áreas com seca grave no interior de Goiás, além da ampliação da área com seca fraca no interior de São Paulo.

No Sul do País, todas as estações monitoradas apresentaram níveis d’água normais nos últimos 30 dias. No Sudeste, foram atingidos níveis de atenção e alerta de inundações nas bacias dos rios Doce e Paraíba do Sul. Na bacia do rio Paraguai, formadora do Pantanal, ainda persiste situação de seca na principal estação de monitoramento, Porto Murtinho (MS), ao sul da bacia. 

Na região Norte, as vazões continuam em elevação nos rios afluentes do rio Amazonas, com a ocorrência de uma das maiores cheias do rio Acre, resultando em inundações em diversas cidades, como Rio Branco (AC). No sentido oposto, permanece a situação de estiagem na bacia do rio Branco, em Roraima.

O Painel El Niño 2023-2024 é disponibilizado mensalmente no site da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). 
 

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