Eleições 2020: TSE gastou R$ 26 milhões com "super computador’" que apresentou falhas
Máquina atrasou a divulgação dos resultados no último domingo (15)

Foto: Oracle/Divulgação
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta terça-feira (17), que o aluguel do "supercomputador" que falhou nas eleições municipais do último domingo (15), atrasando a divulgação dos resultados, custou R$ 26 milhões aos cofres públicos. A falha foi provocada por um algoritmo de inteligência artificial que funcionou de forma mais lenta do que previsto.
Contudo, segundo o TSE, o problema já foi resolvido e a Oracle, empresa responsável, prestou assistência à Corte. Em entrevista ao Globo, o TSE disse que o papel do algoritmo é ajustar o desempenho da máquina para a demanda de processamento de dados.
Em coletiva de imprensa na última segunda-feira (16), o presidente do tribunal, Luís Roberto Barroso, disse que a máquina chegou depois do esperado, em agosto, e por isso não houve tempo para fazer testes para calibrar o computador. Segundo Marcel Saraiva, gerente da NVIDIA Enterprise, fornecedora de hardware para datacenters, a inteligência artificial sempre funciona "aprendendo" com base em testes. É isso que a distingue de programas comuns de computador. Mesmo assim, algoritmos desse tipo não são infalíveis.
“A inteligência artificial tende a resolver alguns problemas, através de modelos matemáticos, em um sistema digital. Essas tarefas normalmente são bem específicas, e nelas o algoritmo não acerta em 100% dos casos. Há limitações que são só identificadas quando a máquina está operando”, disse.