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Eleições 2022: pesquisa eleitoral visa auxiliar o cidadão em quem votar, diz especialista

Diego Oliveira explica diferença entre enquete e pesquisa eleitoral

Por Da Redação
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Eleições 2022: pesquisa eleitoral visa auxiliar o cidadão em quem votar, diz especialista

Foto: Divulgação

Apesar de serem alvo de desconfiança por grande parte da população, as pesquisas de intenção de voto são necessárias para o andamento das eleições. Isso porque os dados coletados auxiliam o público em geral a analisar o cenário pré-eleição e as possibilidades que cada político tem de vencer. Além disso, é uma estratégia utilizada pelos partidos políticos como avaliação das estratégias e chances de cada candidato.

Diferente da pesquisa eleitoral, a enquete é proibida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em períodos de campanha eleitoral porque há uma preocupação de que esse meio de coleta de dados selecione uma amostragem fiel ao universo que irá representar e não utilize métodos pensados para eliminar os vieses. Em outras palavras, a enquente nada mais é do que uma coleta de opiniões de um grupo específico que se prontificou, espontaneamente, a responder determinadas questões.

“A pesquisa eleitoral tem um caráter importante para auxiliar o cidadão em quem votar. Diferentemente de enquetes que você pode encontrar e votar em sites e redes sociais, as pesquisas eleitorais envolvem uma metodologia estatística para que seus resultados reflitam de forma fidedigna a intenção de voto da população brasileira”, explica Diego Oliveira, CEO da Youpper Insights, empresa especializada em Pesquisa de Mercado, Planejamento de Marketing e Relacionamento.

Segundo o especialista, as pesquisas eleitorais não se baseiam em dados absolutos. Na verdade, elas variam conforme a opinião pública e também são impactadas pelo andamento das campanhas eleitorais. Por isso, todos os resultados são acompanhados com margem de erro, um cálculo que apresenta a quantidade máxima de erro que os dados obtidos podem ter, o padrão utilizado nas pesquisas é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

“Os resultados podem interferir no jogo político, graças a comportamentos como o voto útil, por exemplo, que é quando o eleitor deixa de votar no candidato de sua preferência porque considera que ele não tem chances de vencer ou chegar ao segundo turno. Por isso, os principais veículos de comunicação do país optam por enfatizar pesquisas com maior amostragem e melhor plano amostral, que costumam ter resultados mais confiáveis”, disse Oliveira.

Como são feitas as pesquisas eleitorais?

Ainda de acordo com Diego Oliveira, as principais pesquisas eleitorais costumam incluir uma pergunta espontânea e outra estimulada. De modo geral, a abordagem espontânea consiste em perguntar ao entrevistado qual seria a sua opção de voto para um cargo específico sem dar alternativas de candidatos. 

O especialista explica que esse tipo de pesquisa ajuda a medir o conhecimento e lembrança prévios dos eleitores em relação aos candidatos. Já na pesquisa estimulada, o entrevistado escolhe sua opção de voto entre as alternativas impostas pelo entrevistador. Nesse caso, a abordagem é utilizada para medir a força dos candidatos em determinados cenários de confronto. 
 

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