Elon Musk pretende fechar agência dos EUA responsável por 40% de ajuda humanitária no mundo; bilionário informou que Trump apoia a decisão

O dono da rede social "X" e responsável pelo Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos (DOGE), Elon Musk, afirmou nesta segunda-feira (3) que está agindo para fechar a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), órgão responsável pela ajuda humanitária para demais países.

A afirmação foi feita através de uma transmissão de áudio do "X", que incluiu o ex-companheiro no comando do DOGE, Vivek Ramaswamy, e os senadores republicanos Joni Ernst e Mike Lee. Musk ainda informou que o presidente Donald Trump concordou com a decisão.

O site da Usaid, que possui mais de 10 mil funcionários, ficou fora do ar desde sábado (1°), e até manhã desta segunda-feira (3) ainda não retornou à normalidade.

Trump ordenou na semana passada um congelamento global na maioria dos fundos de ajuda externa dos Estados Unidos da América (EUA), a medida faz parte da política "EUA Primeiro", e já afeta diversas partes do mundo. Com a falta de recursos, hospitais de campanha em campos de refugiados na Tailândia, remoção de minas terrestres em zonas de guerra e medicamentos para milhões de pessoas com doenças como HIV estão entre os programas que podem ser eliminados.

Com o apoio de Trump, Musk já conseguiu o acesso ou assumiu o controle de vários sistemas governamentais, inclusive informações confidenciais da Usaid, que incluem relatórios da agência.

O que a USaid faz?

A USaid é o maior doador individual do mundo. Em 2023, os EUA enviaram por meio da agência um total de US$ 72 bilhões (cerca de R$ 420,7 bi) em ajuda humanitária para diversas áreas, incluindo saúde feminina em zonas de conflito, acesso à água potável, tratamentos para HIV/AIDS, segurança energética e combate à corrupção.

No ano de 2024, a agência foi responsável por fornecer cerca de 42% de toda a ajuda humanitária no mundo rastreada pelas Nações Unidas (ONU).