Em 16 anos, Brasil registrou, em média, 12 mortes diárias por afogamento

Desde 2005, 26.325 pessoas morreram no Brasil em decorrência de afogamentos acidentais. Em média, 12 mortes foram registradas diariamente. Os números são parte do levantamento feito pelo  (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, com base nos balanços do Ministério da Saúde.

Até maio deste ano, foram registrados 1.422 mortes por afogamento. Desse total, a maior parte (746) foi em áreas naturais de águas. Os meses de verão pré-pandemia impulsionaram os números: janeiro a março representaram 84% do total. Ao comparar com o mesmo período de 2019, houve uma redução de 22%.

Segundo o Ministério da Saúde, “os boletins referentes ao ano de 2019 estão disponíveis em caráter preliminar, sendo passíveis de alterações após o processo habitual de limpeza e validação. O banco de dados 2020 ainda se encontra em aberto para recebimento de registros e também para qualificação após investigação”.

O levantamento também indicou que os as vítimas são jovens entre 20 e 29 anos. A segunda faixa etária mais atingida é de 30 a 39 anos. Mortes de crianças de até 14 anos, também não são poucas. Neste ano, foram 230 crianças entre essa idade que perderam suas vidas.

Segundo o médico David Szpilman, em boletim da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), a prevenção é o melhor tratamento. “Afogamento não é acidente, não acontece por acaso, tem prevenção, e esta é a melhor forma de tratamento”.