Em 2021, YouTube removeu 233 vídeos de canais de direita
Canal do presidente Bolsonaro liderou o ranking de remoções feitas pela plataforma com 34 vídeos removidos
Foto: Nipitphon Na Chiangmai / EyeEm/Getty Images
O YouTube removeu 233 vídeos de canais de direita em 2021. A maioria das publicações abordavam temas sobre "tratamento precoce" e contra a vacinação. Entre as figuras públicas que tiveram publicações removidas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera o ranking. As informações foram divulgadas pelo Metrópoles.
Ao todo, o mandatário teve 34 publicações retiradas do YouTube, sendo que 33 delas exibiam conteúdo enganoso sobre a pandemia. Em todos os links dos vídeos excluídos há a mensagem: “Este vídeo foi removido por violar as diretrizes da comunidade do YouTube”.
O levantamento dos vídeos removidos foi feito pelo cientista de dados da empresa de análise Novelo, Guilherme Felitti, que vem mapeando as exclusões feitas em canais de extrema direita no país.
O segundo canal com mais vídeos excluídos é o do deputado estadual e médico oftalmologista Albert Dickson (Pros-RN). Em suas publicações, ele costuma promover o tratamento precoce. O médico chegou até mesmo a distribuir receitas on-line, sem sequer ter uma consulta com os pacientes, para a compra dos medicamentos, segundo reportagem da BBC News Brasil.
Em todas as 12 publicações de Dickson que foram apagadas, havia informações falsas sobre a Covid-19. Apesar de ter sofrido algumas sanções, outros conteúdos enganosos continuam no ar. É o caso da live “Dutasterida, bromexina ou ivermectina, qual a melhor?”. Nela, o deputado diz a quantidade de medicamentos que supostamente fariam “evitar pegar a Covid” para mulheres, homens e até mesmo crianças.
Ao ser procurada pela reportagem do Metrópoles, a Presidência da República não se pronunciou sobre a remoção dos vídeos de Bolsonaro.