Em audiência de custódia, Collor pede para cumprir pena em Alagoas e defesa pede prisão domiciliar
Ex-presidente também explicou que foi preso por volta das 4h da manhã no Aeroporto de Maceió

Foto: Pedro França/Agência Senado
O ex-presidente Fernando Collor afirmou nesta sexta-feira (25), durante participação em audiência de custódia por videoconferência na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, que foi preso por volta das 4h da manhã no Aeroporto de Maceió. Ele estava com viagem comprada para Brasília, onde iria se entregar às autoridades.
De acordo com informações divulgadas pela TV Globo, o ex-presidente passou por alguns exames e disse que prefere cumprir a pena em Alagoas em vez de ser transferido para Brasília.
Em 2023, Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em um processo derivado da Lava Jato. A prisão, em regime fechado, foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na quinta-feira (24).
Após a audiência de custódia, Moraes determinou a transferência de Collor da Superintendência da PF para uma ala especial do Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL). A transferência foi realizada por volta das 14h, em uma viatura da Polícia Federal. Como ex-presidente da República, Collor ficará em uma cela individual.
Pedido prisão domiciliar
A defesa de Collor pediu ao STF a concessão de prisão domiciliar para o ex-presidente, que, segundo os advogados, tem apneia grave do sono, transtorno afetivo bipolar e idade avançada, 75 anos.
Diante do pedido, Moraes determinou que a direção do presídio de Maceió informe, no prazo de 24 horas, se há “totais condições” para cuidar da saúde de Collor. A solicitação de prisão domiciliar foi encaminhada para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR).