Em carta enviada a Maia, Google afirma que incluir sites de busca em projeto não irá conter fake news
Documento foi uma forma de responder a carta encaminhada a Maia por entidades de comunicação social

Foto: Najara Araujo/CD
O Google encaminhou na última segunda-feira (31) uma carta ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dizendo que a inclusão de mecanismos de buscas no projeto para combater fake news não terá efetividade.
O documento foi uma forma de responder a carta encaminhada a Maia por entidades de comunicação social. No texto, a junção de entidades solicitava apoio a medidas de combate às notícias falsas e a inclusão dos buscadores no projeto de lei debatido na Câmara.
De acordo com a mensagem encaminhada pelo Google, colocar os mecanismos de busca na proposta não atenderá a ideia de coibir condutas mal-intencionadas e distribuição de notícias falsas na internet.
"Ao contrário, isso poderia ser prejudicial ao combate à desinformação ao limitar acesso a uma variedade de fontes de informação. Além disso, consideramos que simplesmente incluir as ferramentas de busca no projeto de lei, sem a devida consideração do conjunto de ações concretas que temos realizado para combater a desinformação em todas as nossas plataformas, poderia fazer com que a futura lei já nascesse obsoleta.", afirmou a empresa.
Para as 27 entidades que integram a coalizão, não incluir buscadores no projeto seria como cometer um erro "não apenas ao omitir as ferramentas de busca que coletam dados, veiculam anúncios e conteúdos de toda sorte, porém, engessam a lei para serviços futuros, a exemplo de assistentes virtuais".
O Google ainda destacou que move aproximadamente 24 bilhões de cliques mensalmente para sites de notícias pelo mundo. Em 2019, a empresa disse que o relatório de transparência das plataformas de anúncios indicou o bloqueio e remoção de 2,7 bilhões de anúncios em todo mundo.