Em conferência climática da ONU, Macron afirma que guerra não impedirá transição energética da União Europeia
Líderes destacaram a importância de nações ricas aumentarem financiamento para auxiliar países pobres no enfrentamento das mudanças climáticas

Foto: Reprodução / Redes Sociais
O presidente da França, Emmanuel Macron, disse, nessa segunda-feira (7), que os europeus "não sacrificarão seus compromissos energéticos diante das ameaças energéticas da Rússia". O líder francês referiu-se à transição energética de países da União Europeia (UE), que tiveram a sua dependência de combustíveis fósseis destacada com a guerra travada entre Rússia e Ucrânia. A declaração de Macron aconteceu durante a COP27, conferência climática da ONU, em Sharm el-Sheikh, no Egito.
A conferência recebeu cerca de 100 chefes de Estado e governo para seu segmento de alto nível. Chefes de nações mais pobres ressaltaram a necessidade de que países ricos aumentem o financiamento para que as nações em desenvolvimento consigam lidar com as mudanças climáticas e mitigar suas emissões.
A primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, país que deve ser um dos mais afetados pelo aquecimento global, defendeu uma reforma do sistema financeiro em vigor desde 1944, elaborado pelos EUA e seus aliados após a Segunda Guerra Mundial. "Este mundo ainda se parece muito com o que era durante os impérios coloniais (...). Muitos países nesta sala sequer existiam quando essas instituições foram criadas", disse, referindo-se a organismo como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e bancos de desenvolvimento multilaterais.
O ex-vice-presidente americano Al Gore (1993-2001), em sua fala, fez referência às eleições do Brasil e afirmou que os brasileiros “escolheram parar a destruição da Amazônia” ao elegerem Luiz Inácio Lula da Silva e, consequentemente, impedirem a reeleição do atual presidente Jair Bolsonaro.