Em evento lotado, BahiaRH aborda liderança, legado e relações humanas no primeiro dia de congresso!

O primeiro dia da 20ª edição do BahiaRH marcou o sucesso do evento que reúne lideranças, profissionais e grandes nomes do setor. Realizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos Seccional Bahia (ABRH Bahia) e com o tema central “Integrando Inteligências”, o congresso contou com representantes da Prefeitura de Salvador, do Governo do Estado da Bahia e especialistas do setor de RH de dentro e de fora do estado, que participaram de palestras e painéis sobre temas diversos no Centro de Convenções Salvador.

Entre os destaques do primeiro dia esteve Tiago Mattos. Futurista em maior evidência no país, o único professor brasileiro da Singularity University, parceria entre Google e NASA e autor de mais de dez livros, o fundador da Aerolito abordou, na Palestra Magna de Abertura, a importância da liderança futurista e o papel do RH como integrador de inteligências, responsável por criar repertórios de futuros nas empresas. Em sua apresentação, ele também ressaltou a relevância do legado, especialmente para a área de Recursos Humanos. 

“O que muda o mundo é o legado, aquilo que de fato fizemos. Eu sempre prefiro alguém que talvez nem saiba seu propósito, mas deixa legado, do que quem fala muito sobre propósito e não realiza nada. Propósito sem legado é vaidade. O papel de uma liderança é justamente esse: pensar futuros e deixar legado, porque é isso que transforma a realidade e faz o mundo melhor”, afirmou Tiago. 

Inteligência relacional e liderança intergeracional 

Em um mundo movido pelas soluções que realizam diversas funções através de máquinas e sistemas, uma competência continua sendo indispensável nas empresas: a inteligência relacional. Em sua palestra, a board member Mafoane Odara abordou a importância da integração entre o uso da tecnologia e a construção de relações baseadas no respeito às complexidades dos vínculos humanos.  

A professora em renomadas instituições de educação corporativa ressaltou que os algoritmos podem processar dados e prever comportamentos, mas somente os cuidados e vínculos são capazes de gerar confiança. “O que transforma uma ideia em ação, um processo em cultura, uma intenção em mudança concreta são as relações que a sustentam”, enfatizou.  

A programação ainda contou com painel voltado à liderança intergeracional. Para debater a intergeracionalidade nas organizações, Morris Litvak; CEO da Maturi, Leila Brito; gestora do Núcleo de Inovação da Fundação José Silveira), e Matheus Leal; analista sênior de RH da Bracell, trouxeram os principais desafios que separam gerações e interferem na condução de equipes formadas por colaboradores de diversas idades: estereótipos, preconceitos e barreiras em alinhar a forma como cada geração aprendeu a resolver problemas.  

Em suas falas, os palestrantes evidenciaram o papel do RH no estímulo ao diálogo e equilíbrio geracional, a partir de olhar estratégico. Também citaram ações e projetos implementados nos seus ambientes de trabalho, como cursos de capacitação para profissionais 50+. “A força de trabalho no Brasil está envelhecendo. Neste cenário, as empresas precisam adaptar o estilo de liderança para reconhecer as diferenças, gerir e as transformar em oportunidades”, concluiu Matheus Leal.