Em gesto inédito, Jerônimo e Bruno se encontram para tratar de segurança, saúde e outras pautas
Encontro de alinhamento de políticas públicas da capital aconteceu no COI nesta quarta-feira (27)

Foto: Farol da Bahia
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o prefeito Bruno Reis (União Brasil) se reuniram a portas fechadas pela primeira vez, nesta quarta-feira (27), para alinhar políticas públicas voltadas à cidade de Salvador e ao estado da Bahia. Os gestores discutiram, entre outras coisas, temas ligados à segurança pública, saúde, educação e mobilidade.
A reunião, que aconteceu no Centro de Operações e Inteligência (COI), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), teve início por volta das 15h e se estendeu até a noite. Além do governador e do prefeitos, secretários municipais e estaduais participaram da conversa.
Em tom cordial e com direito a aperto de mãos, os gestores esclareceram à imprensa o que havia sido discutido no encontro, mas sem apresentar detalhes. Em relação à segurança pública da cidade, o governador e o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, apresentaram uma série de possibilidades de parceria entre as gestões municipal e estadual - entre elas, o compartilhamento de câmeras de reconhecimento facial.
Jerônimo Rodrigues destacou que as contribuições vão além do "conteúdo", mas dizem respeito também ao Orçamento para a melhora dos índices de segurança pública de Salvador. "Salvador é uma cidade que vive de turismo, então, isso requer um tipo de segurança pública muito qualificada", disse o governador da Bahia.
Na área da educação, os gestores disseram que estão discutindo uma transição entre o que é da responsabilidade do município e do Estado.
Em relação à mobilidade, o governador disse que apresentará ao prefeito os projetos da ponte Salvador-Itaparica, do VLT e da extensão do metrô.
Primeiro encontro
Questionados sobre o porquê de a reunião acontecer somente agora, o prefeito Bruno Reis e o governador Jerônimo Rodrigues responderam que "não havia pressão" para um encontro anteriormente, uma vez que as coisas "estavam fluindo".
Os gestores também afirmaram que, embora não tenham se reunido antes, as equipes o fazem cotidianamente.
"O prefeito tendo agora os próximos quatro anos de mandato, me senti na obrigação de combinarmos as agendas, tanto ele tinha interesse como eu tinha, para aprofundarmos os temas de interesse da capital", disse Jerônimo.
"Quando tinha algum problema que necessitava de uma decisão minha ou do governador, nos consultávamos. Posso assegurar a vocês que o fato de este encontro não ter ocorrido em outro momento não prejudicou em nada a rotina e os serviços que prestamos", completou Bruno Reis.