Em interrogatório, Élcio de Queiroz afirma que armas apreendidas em casa eram da época de policial
Julgamento de um dos acusados da morte de Marielle Franco ocorreu na última quinta (12)
Foto: Tribunal de Justiça
A Justiça do Rio realizou na última quinta-feira (12) o interrogatório do ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, relacionado ao processo que ele responde por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito. Ele é um dos acusados de participar do assassinato da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes há dois anos.
Para se defender, Élcio afirmou que as armas e munições, sendo duas pistolas e mais de cem pentes, foram comprados comprados na época que ele era policial, e que serviam como garantia de segurança da família, já que ele é ex-policial e mora em uma comunidade controlada pelo tráfico.
Ao comentar sobre as oito munições de fuzil encontradas embaladas no interior do carro, o ex-policial afirmou ter as encontrado na noite anterior a da prisão, em um canteiro em frente à própria casa. Ainda segundo o ex-PM, ele teria ficado preocupado com a segurança dos moradores, que poderiam detoná-las por acidente, com isso, as teria guardado no carro para posteriormente, as encaminhá-la a alguma delegacia no dia seguinte. Contudo, a versão apresentada é diferente da que consta na denúncia, onde policiais indicam que, no momento do flagrante, Élcio teria afirmado que as munições pertenciam a ele.
Questionado sobre a profissão que exercia, Élcio afirmou que fazia monitoramento de caminhões de carga para transportadora e começava a trabalhar às 5h da manhã. Por isso, deixava a casa de madrugada no dia em que foi preso após se abordado por policiais civis e dois promotores de Justiça. O grupo havia chegado a casa do acusado com um mandado de busca e apreensão relacionado ao processos que investiga a morte da vereadora.
Segundo a denúncia, mediante apresentação do mandado, Élcio autorizou a entrada na casa para realização da busca e apreensão, acompanhada pela esposa.