Em live, Átila Iamarino afirma que cidades devem adotar o lockdown para evitar o colapso na saúde
Cada dia perdido nessa medida significará um incremento muito acentuado de mortes, disse o biólogo
Foto: Reprodução / Exame
O biólogo Atila Iamarino fez uma nova live neste domingo (3), no Youtube, e as previsões não foram das melhores, mas nenhuma surpresa para quem vem acompanhado os seus relatórios semanais que começaram há um mês.
De acordo com Átila, a ação dos governadores decretando rapidamente a quarentena, quando se contabilizava poucos casos no Brasil, fez a curva de mortes no país iniciar um declínio que permitiria ao país, hoje, já estar discutindo formas e prazos de relaxar com segurança o isolamento social.
Porém, afirma o biólogo, a mesma ação que impediu uma explosão de mortes e lotação das UTIs em um primeiro momento da pandemia fez com que a quarentena fosse relaxada pelo uso político. O resultado foi o crescimento veloz da curva de mortes e contaminados e os sistemas de saúde do país caminhando para um colapso generalizado.
“O Brasil quase conseguiu evitar isso” – afirmou. Ele tentou alertar o país do caos que já chegou a algumas regiões, mas que deve se generalizar nas próximas semanas.
Átila comentou também que esforço em analisar a situação brasileira esbarra ainda na falta de dados confiáveis do Ministério da Saúde, que não informa o nível de ocupação das UTIs do país e que não tem feito testes suficientes para se acompanhar e minimizar os efeitos da pandemia. Há que se estimar a real situação com os dados informados pelas secretarias estaduais que, mesmo tomados nas melhores estimativas, mostram uma tragédia de grandes proporções a caminho.
Para o biólogo, o lockdown decretado em São Luís neste domingo (3) precisa ser uma medida tomada com urgência em diversas outras cidades. Cada dia perdido nessa medida significará um incremento muito acentuado de mortes.
Ao finalizar, Átila mostrou que a letalidade da COVID-19 é 15 vezes maior que a da gripe comum e que medidas como a da “contaminação de rebanho”, deixando a população se contaminar para a maioria se autoimunizar como defende alguns grupos, significaria termos mais de um milhão de mortos, número apontado pelo biólogo há um mês, em sua primeira live.