Brasil

Em livro, Janones diz ter criado fake news durante eleição

Deputado insinuou que o Collor seria nomeado ministro em um eventual segundo governo de Bolsonaro

Por Da Redação
Ás

Em livro, Janones diz ter criado fake news durante eleição

Foto: Câmara dos Deputados

O deputado federal André Janones (Avante-MG) lançou um livro intitulado "Janonismo cultural: o uso das redes sociais e a batalha pela democracia no Brasil", no qual revela ter criado notícias falsas com o intuito de influenciar as eleições do ano passado. O parlamentar admitiu sua participação na divulgação de informações enganosas para favorecer o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua disputa contra Jair Bolsonaro. As informações são do blog do Noblat, do site Metrópoles. 

Segundo o livro, uma das notícias falsas criadas por Janones envolveu o desaparecimento do celular de Gustavo Bebianno, ex-ministro do governo de Bolsonaro. O deputado insinuou nas redes sociais que tinha acesso ao conteúdo do dispositivo para "atormentar" Bolsonaro, apesar de nunca ter estado próximo do referido aparelho.

"O que Jair Bolsonaro temia? Que eu tivesse entregado documentos sobre Gustavo Bebianno para Lula. Até eu me impressionava com minha capacidade de mexer com eles."

Outra notícia falsa mencionada no livro foi a alegação de que o ex-presidente Fernando Collor de Mello seria nomeado ministro em um eventual segundo governo de Bolsonaro, como resposta a uma declaração de Bolsonaro sobre José Dirceu se tornar ministro caso Lula vencesse.

"O ministro de Lula vai ser José Dirceu? Tá bom. Então o ministro da Previdência de Bolsonaro vai ser Collor. Simples assim. Ele realmente seria ministro de Bolsonaro? Eu sei lá. Mas uma vez que ele apoiou Bolsonaro, poderia muito bem ser. Ele iria confiscar benefícios como a aposentadoria? Não sei, mas ele confiscou as poupanças quando foi presidente", justificou Janones. 

O deputado também revelou como utilizou de um vídeo no qual Bolsonaro mencionava um encontro com um grupo de meninas venezuelanas refugiadas em São Sebastião, perto de Brasília. Janones admitiu ter provocado a situação nas redes sociais e, véspera da eleição no segundo turno, postou uma foto em frente ao letreiro de São Sebastião, alegando ter "depoimentos, gravações, testemunhas e provas incontestes e irrefutáveis".

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