Brasil registra a criação de 244,3 mil novos empregos com carteira assinada
Informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados foram expostas pelo Ministério do Trabalho e são referentes a março.
Foto: Agência Brasil
O Brasil gerou 244,3 mil empregos formais em março deste ano, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, nesta terça-feira (30) .
No total, de acordo com o governo federal, foram registradas em março:
- 2,26 milhões de contratações;
- 2,02 milhões de demissões.
O resultado representa melhora de 25,7% em relação a março do ano passado, quando foram criados 194,37 mil empregos com carteira assinada (valor ajustado). A comparação com o mesmo mês de anos anteriores é considerada mais apropriada por especialistas.
De acordo o Ministério do Trabalho, a geração de vagas com carteira assinada também é a maior, para meses de março, desde o início da série histórica do novo Caged, em 2020.
Veja os resultados para os meses de março:
- 2020: 295.078 vagas fechadas
- 2021: 153.614 empregos criados
- 2022: 99.100 vagas abertas
A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada, porque o governo mudou a metodologia.
De acordo com a pasta, o setor que mais gerou empregos no mês foi o de serviços, com geração de 148.722 vagas, seguido do comércio (37.493), da indústria (35.886) e construção (28.666). Somente o setor da agropecuária ficou negativo, com perda de 6.457 postos de trabalho.
As unidades da federação com maior geração foram São Paulo, que gerou 76.941 postos de trabalho, crescimento de 0,6%, com destaque para o setor de serviços que criou 46.451 vagas; Minas Gerais, com geração de 40.796 postos (+0,9%); e Rio de Janeiro, que criou 22.466 postos (+0,7%) no mês.
Resultados do 1º trimestre
No primeiro trimestre (acumulado de janeiro a março de 2024), os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos, sendo o maior crescimento verificado no setor de Serviços, com saldo de 419.286 postos formais, um total de 58,3% do saldo. O destaque ficou para as atividades de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com geração de 179.470 vagas e para as atividades de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que criaram 143.050 novos postos.
A Indústria apresentou saldo de 155.461 postos gerados, com destaque para a fabricação de veículos automotores (13.605) e fabricação de produtos alimentícios (13.540). O setor da Construção gerou 109.911 vagas no 1º trimestre, com elevações maiores na construção de edifícios (45.630) e obras de infraestrutura (27.286). A Agropecuária também apresentou saldo positivo no trimestre, com geração de 19.278 postos de trabalho, com destaques para o cultivo de maçã (6.122) e de soja (5.181). O acumulado do ano só não foi melhor, devido ao resultado ruim da laranja, que perdeu 13.155 postos no período. Já o Comércio mostrou boa recuperação em março, alcançando resultado positivo pela primeira vez no ano, com acúmulo de 15.091 postos.
Entre as Unidades Federativas, o maior saldo acumulado ocorreu em São Paulo (213.503), um crescimento de 1,5%; Minas Gerais, com geração de 88.359 vagas, crescimento de 1,9%; e no Paraná, com geração de 69.618 postos no ano, crescimento de 2,3% no trimestre.
Grupos populacionais
Em março, o saldo ficou positivo para mulheres (124.483) e para homens (119.832). No que se refere à População com Deficiência, o saldo foi positivo, com geração de 558 postos de trabalho. No quesito cor, o saldo foi positivo para pardos (220.547), brancos (138.032) e pretos (44.491), ficando negativo para amarelos (-2.793) e indígenas (-1.946).