Em meio a negociações de cessar-fogo, Rússia comunica EUA e pede que seja suspendido ataques aos Houthis
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou um ataque de larga escala contra grupo apoiador do Irã

Foto: Reprodução/Sputnik
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, informou neste domingo (16) que conversou com o secretário de estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e solicitou que os ataques norte-americanos contra o grupo simpatizante ao Irã, Houthis, sejam interrompidos.
Lavrov e Rubio conversaram por telefone. O ministro russo justificou o pedido ao afirmar que seria possível encontrar uma solução sem mais "derramamento de sangue". Lavrov fez a solicitação para os EUA com o intuito de impedir mais mortes de membros do Houthis, que são aliados do Irã e parceiros da Rússia.
O diálogo acontece poucos dias após os Estados Unidos propor um acordo de cessar-fogo na guerra que envolve a Ucrânia, e o presidente russo, Vladimir Putin, expor uma série de exigências para que o acordo seja firmado.
A operação de ataque dos EUA contra os Houthis foi uma determinação do próprio presidente Donald Trump. Na ocasião, militares americanos bombardearam os alvos no lêmen. Durante o ataque ao menos 31 pessoas morreram e outras 101 ficaram feridas.
A decisão do presidente estadunidense foi tomada após o Houthis anunciar planos de retomar ataques contra navios israelenses, mesmo após a suspensão do ataque em decorrência do cessar-fogo na Faixa de Gaza. Segundo a Casa Branca, Trump ordenou que a operação defendesse ativos marítimos dos EUA e impedisse ameaças terroristas.
O gabinete político dos Houthis se pronunciou sobre o caso e acusou os EUA de cometer um "crime de guerra". O grupo inclusive chegou a ameaçar responder ao ataque com um outro ataque de proporção semelhante.
Donald Trump utilizou das redes sociais para afirmar que os Estados Unidos não vai ceder a quaisquer ataques do Houthis, e que está preparado para responder com mais ataques.
"O ataque Houthis a embarcações americanas não será tolerado. Usaremos força letal esmagadora até atingirmos nosso objetivo", publicou. O presidente ainda disparou ao Houthis que caso os ataques continuem, "o inferno vai cair sobre vocês como nada que vocês já viram antes".
Em novembro de 2023, o grupo foi responsável por mais de 100 ataques contra navios que cruzavam a região do Mar Vermelho. Eles utilizaram como justificativa aos ataques, a colaboração aos palestinos na guerra entre Israel e o Hamas em Gaza.