Mundo

Em plebiscito, Chile rejeita nova Constituição por ampla maioria

População votou pela mudança na legislação do país em 2020, mas pontos polêmicos do texto atual não tiveram boa aceitação

Por Da Redação
Ás

Em plebiscito, Chile rejeita nova Constituição por ampla maioria

Foto: Reprodução/Twitter @COORDINADOR8AM

Os chilenos rejeitaram por 62% a 32%, em plebiscito no último domingo (4), a proposta de nova Constituição. Com isso, fica mantida a Carta que está em vigor desde a época em que o país vivia uma ditadura imposta por Augusto Pinochet (1973 - 1980).

O texto atual, de 1980, tem como base o envolvimento do Estado a fim de "contribuir para criar as condições sociais" para a realização das pessoas, mas não tem o poder de intervir em nenhuma atividade empresarial.

A legislação atual foi alvo de diversos protestos da população, que se manifestava contra a desigualdade social no país. 

O projeto que foi derrotado na votação buscava atender à demanda dos chilenos, descrevendo o Chile como um “Estado social e democrático de direito”, que teria o dever de prover bens e serviços para garantir os direitos da população. 

A proposta, apoiada pelo presidente Gabriel Boric, previa um novo catálogo de direitos sociais em temas como aborto, saúde, educação e previdência, além de dar maior atenção às questões ambientais e à “plurinacionalidade” indígena. 

Em plebiscito de 2020, os chilenos decidiram que queriam uma nova Constituição, mas, após o texto ser apresentado, as pesquisas já mostravam que ele seria derrotado nos votos. 

Entre as propostas polêmicas, estão o fim do Senado, mantendo a Câmara dos Deputados e criando uma Câmara das Regiões; o direito ao aborto; e a criação de um Sistema de Previdência Social público, financiado por trabalhadores e empregadores, similar ao brasileiro. 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário