Embaixadora do Itamaraty critica ausência de Milei na Cúpula do Mercosul
Presidente argentino opta por participar de evento conservador no Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A embaixadora Gisela Maria Padovan, representante do Itamaraty para América Latina e Caribe, classificou como "lamentável" a decisão do presidente argentino, Javier Milei, de não participar da Cúpula do Mercosul. Para ela, a ausência do líder não compromete a relevância do encontro, que ocorrerá na próxima segunda-feira (8), em Assunção, no Paraguai.
Milei optou por comparecer a um fórum de políticos conservadores em Camboriú, Santa Cantarina, onde encontrará adversários do presidente Lula, como o ex-presidente Jair Bolsonaro. Será a primeira vez que um país-membro do Mercosul não terá seu presidente presente na cúpula, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores.
Milei optou por comparecer a um fórum de políticos conservadores em Camboriú, Santa Catarina, onde encontrará adversários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como o ex-presidente Jair Bolsonaro. Será a primeira vez que um país-membro do Mercosul não terá seu presidente presente na cúpula, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores.
Em 2022, o então presidente Bolsonaro também não compareceu presencialmente, mas enviou um vídeo aos líderes do bloco.
"É lamentável que ele decida não ir. O Mercosul tem 33 anos de história e é um bloco consolidado. A ausência de um presidente é indesejável, mas não afeta a cúpula", afirmou Padovan.
A decisão de Milei ocorre após críticas públicas ao presidente Lula, incluindo uma postagem nas redes sociais onde chamou o líder brasileiro de "corrupto". A embaixadora Padovan, em coletiva no Palácio Itamaraty, informou que o Brasil não recebeu comunicação oficial sobre a vinda de Milei para o evento em Camboriú.
A Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) ocorrerá em Balneário Camboriú nos dias 6 e 7 de julho, com a presença de políticos de direita, incluindo Bolsonaro.
Críticas a Lula
Milei usou as redes sociais, na terça-feira (2), para criticar Lula, chamando-o de "comunista" e mencionando sua prisão por corrupção. Ele também comentou sobre uma tentativa de golpe militar na Bolívia, referindo-se a ela como uma fraude.
A postagem gerou incômodo no governo brasileiro, que aconselhou Lula a não responder publicamente.