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Empreender nos EUA exige mais que ambição: empresário revela principais erros de empresas brasileiras na internacionalização!

Aos detalhes.

Por Michel Telles
Ás

Empreender nos EUA exige mais que ambição: empresário revela principais erros de empresas brasileiras na internacionalização!

Foto: Div

“É viável levar meu negócio para os Estados Unidos?” A pergunta, comum entre empresários brasileiros, tem uma resposta que vai além do otimismo e da intenção de crescimento. De acordo com levantamento realizado pela Ecco Planet Consulting, empresa especializada em internacionalização com mais de 2 mil projetos assessorados, os principais motivos de fracasso de negócios brasileiros nos EUA estão ligados à falta de preparo e à idealização do mercado norte-americano.

Com sedes em Orlando e Miami, a consultoria identificou que cerca de 70% das empresas brasileiras que fracassam nos EUA iniciam suas operações sem um estudo adequado de mercado e sem validar previamente o produto ou serviço com o público local. “Existe uma romantização sobre empreender nos Estados Unidos. 

Muitos acreditam que o simples fato de estar em solo americano garantirá sucesso, mas isso não se sustenta sem análise concreta de viabilidade”, afirma Alfredo Trindade, CEO da Ecco Planet Consulting e especialista com mais de 25 anos de experiência em internacionalização de empresas.

Segundo o executivo, erros como traduzir literalmente o modelo de negócio brasileiro para o contexto americano, negligenciar diferenças culturais e subestimar exigências legais estão entre os principais fatores de insucesso. “O que funciona no Brasil não necessariamente terá aderência nos EUA. Questões como hábitos de consumo, linguagem, posicionamento de marca e canais de distribuição precisam ser repensadas”, pontua Trindade.

A consultoria recomenda que, antes de qualquer investimento, o empreendedor realize um diagnóstico profundo do setor de atuação, avalie a concorrência local e verifique se o produto necessita de ajustes do design à comunicação. Além disso, a adaptação cultural do empreendedor e de sua equipe é considerada uma etapa essencial para evitar equívocos de percepção e gestão.

Outro erro recorrente, de acordo com a Ecco Planet, é a tentativa de economizar na estrutura de entrada. “Muitos optam por operar informalmente ou terceirizar toda a operação sem supervisão próxima. Isso compromete a credibilidade e afasta parceiros e clientes”, explica Trindade. A recomendação da empresa é montar uma estrutura legal desde o início, mesmo que enxuta, e contar com apoio de especialistas locais para contabilidade, questões jurídicas e compliance regulatório.

Os Estados Unidos, com um Produto Interno Bruto de mais de US$28 trilhões e reconhecidos como o maior mercado consumidor do mundo, atraem empresários de todas as partes do planeta. No entanto, segundo a Small Business Administration (SBA), cerca de 20% das pequenas empresas americanas encerram suas atividades no primeiro ano, número que pode ser ainda maior no caso de estrangeiros mal preparados.“Não se trata de desencorajar. Nosso papel é trazer clareza. Internacionalizar é um movimento estratégico, que pode ampliar receitas, dar acesso a um mercado maduro e estável, além de abrir portas para outras regiões. Mas é necessário planejamento, realismo e preparo técnico”, conclui Trindade.

Para empreendedores que desejam iniciar o processo, a Ecco Planet está finalizando o livro “A Vitrine do Mundo”, um manual prático sobre internacionalização, que reúne orientações baseadas nas experiências reais de Alfredo Trindade ao longo de sua carreira.

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