Empregadora investigada por agredir babá é processada pelo MPT por trabalho escravo
Melina Esteves França é acusada por pelo menos 11 babás de violência e trabalho análogo à escravidão
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Foto: Reprodução / G1
A empregadora investigada por agredir a babá que pulou do terceiro andar de um prédio de Salvador, para fugir dos ataques, foi processada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), por submeter pelo menos duas empregadas domésticas à condição de trabalho análogo à escravidão. A ação civil pública contra Melina Esteves França foi impetrada na quarta-feira (15), e divulgada nesta quinta pelo MPT.
O processo foi protocolado na 6ª Vara do Trabalho de Salvador, que pede que ela seja condenada a pagar indenização por danos morais coletivos de R$ 300 mil.
A babá Raiana Ribeiro, de 25 anos, pulou do terceiro andar de um prédio, no bairro do Imbuí, em Salvador, para fugir de agressões e de um cárcere privado. A agressora, identificada como Melina Esteves França, é investigada por violência doméstica contra outras 11 ex-funcionárias.
Imagens divulgadas mostraram a funcionária desmaiando após uma série de pancadas. Depois de uma sequência de tapas, socos, chutes e puxões de cabelos, Raiana levanta e se aproxima de uma porta de vidro para respirar. Ela se desequilibra e cai desacordada. Durante a queda, a babá chega a se chocar contra uma das filhas de Melina, que também cai no chão.
Na sexta-feira (3), a babá disse que desmaiou após ser atacada porque, além da violência, ficava sem comer no trabalho.
Melina Esteves França deixou o apartamento onde ela mora, no bairro do Imbuí, em Salvador, sob vaias de moradores e escoltada por policiais civis, para prestar depoimento e depois foi liberada.