Empresário confirma que pode reavaliar participação no governo em caso de saída de Weintraub
Otavio Fakhoury fez coro nas redes sociais recentemente para evitar saída do ministro da Educação
Foto: Reprodução/CNN
Figura destacada no meio bolsonarista, o empresário Otavio Fakhoury disse que reavaliará o apoio ao governo caso o ministro da Educação, Abraham Weintraub seja demitido pelas recentes manifestações sobre o Supremo Tribunal Federal (STF). Na última segunda-feira (15), Fakhoury realizou coro nas redes sociais ao movimento de pressão para que o presidente Jair Bolsonaro não mexa com Weintraub.
"Já está claro que o establishment quer a saída de Abraham Weintraub. Pergunta: Jair Bolsonaro se entregou ao sistema?", escreveu o empresário nas redes sociais.
Além de Fakhoury, outros apoiadores do presidente também defenderam Weintraub, apesar de não terem citado rompimento com o governo em uma ocasional demissão. Eles usaram as hastags #weintraubfica, #EuApoioWeintraub e #WeintraubMeRepresenta. Dentre os apoiadores estão a deputada Carla Zambeli (PSL-SP) e personalidades influentes nas redes sociais como Fernanda Salles e Jouberth Souza, os dois com mais de 100 mil seguidores.
Em entrevista ao jornal O GLOBO, o empresário disse acreditar que Weintraub deva seguir no cargo por ter demonstrado lealdade a Bolsonaro e, segundo ele, a situação do ministro da Educação é oposto da do ex-ministro da Justiça Sergio Moro.
"O Bolsonaro não pode mandar embora o cara que está fazendo tudo que ele pediu. O Sergio Moro não estava fazendo o que o presidente pediu", disse.
Fakhoury auxiliou no pagamento de aluguel de carros de som para manifestações favoráveis a Bolsonaro. Diante disso, foi alvo de uma operação da PF, a segunda em menos de um mês. Agentes já compareceram aos endereços no final de maio para colhimento de provas para o inquérito que tramita no Supremo sobre a existência de uma rede falsa de fake news.