Empresário traz puxador de portas com o pé ao Brasil
“A ideia há tempos estava no meu radar”, conta o empresário
Foto: Divulgação
O simples ato de abrir uma porta se tornou uma preocupação em tempos da Covid-19. Um estudo do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas e da Universidade de Princeton, ambos dos Estados Unidos, alerta que o novo coronavírus pode sobreviver por até 72 horas em materiais como o plástico e metal inoxidável, enquanto que no cobre dura apenas quatro horas, todos eles comuns em maçanetas.
O dilema foi a faísca para a criação do designer e empresário do setor industrial Hermes Santos, que trouxe ao mercado brasileiro um puxador de portas com os pés, sugestivamente batizado de 100Tok. A peça é um composto de nylon com fibra de vidro, para se instalar na parte inferir da porta. A peça, que pode ser fixada com quatro parafusos ou fita dupla face, mede 180 x 150 x 140 milímetros.
Hermes conta que, em diversas viagens ao mundo, conheceu o puxador usado para abertura de portas em locais públicos, como hotéis, hospitais e restaurantes. “É bastante comum principalmente na Ásia. A ideia há tempos estava no meu radar”, conta o empresário, que aponta o uso desta peça no Brasil nos mesmos locais onde já existem no exterior.
Hermes, que já havia colocado seus funcionários de quarentena, resolveu reabrir uma parte do parque fabril, em Alphaville (São Paulo), e antecipar a fabricação do 100Tok mediante a pandemia da Covid-10 e a proliferação do contágio no Brasil. Algumas peças já foram doadas para hospitais do estado de São Paulo.
A estimativa do designer é já produzir 2000 mil peças por dia e fornecer principalmente para as redes hospitalares e de saúde. Segundo Hermes, é a solução ideal para evitar contágios de vírus e bactérias em locais de grande circulação, não só neste momento de pandemia.
“Pode, inclusive, ser uma solução para condomínios, como na entrada de escada de emergência ou nos elevadores dos andares”, aponta o designer.
O puxador, ele estima, chegará ao mercado varejista entre os meses de maio e junho deste ano.
“Já estava no meu planejamento fabricar este produto no Brasil para o mercado corporativo, hoteleiro, hospitalar, gastronomia e para locais onde há grande fluxo de pessoas circulando como aeroportos, rodoviárias, museus, universidades”, diz Hermes Santos. “Infelizmente, o cenário atual, me fez adiantar os investimentos e começar a produzir o mais rápido possível para atender a demanda”, conclui o empresário.
Dono de um imaginário singular, o artista plástico e designer Hermes faz de suas obras uma verdadeira viagem hipnótica e inebriante. Busca no lúdico traduzir a magia e faz transcender.
Sua fonte inspiradora, conta, é o mundo e suas peculiaridades. Viaja o mundo, visita museus, aquários, faz pesquisas. Destas experiências guarda na lembrança os lados inusitados e subliminares do concreto e do belo e, assim, nascem suas obras. Em suas pesquisas sempre atentas, Hermes Santos mostra olhares diferenciados e lúdicos sobre seres que nunca vimos, símbolos do imaginário e versões personalistas do cotidiano seja ele vindo dos mares, das estradas ou do próprio mundo empresarial.
Seu processo criativo é norteado por possibilidades High Tech e interage com computadores de última geração, robôs articulados, impressoras 3D e diversos softwares universais para a criação robótica.