Empresários que representavam o Vitória são presos após cobrança de R$ 1,6 mil a artesã em Salvador
Dupla foi presa em Minas Gerais e é acusada de extorsão e lavagem de dinheiro
Foto: Reprodução
Empresários da NoFake, empresa que representou o Esporte Clube Vitória do caso da artesã que foi cobrada em R$ 1,6 mil acusada de pirataria, foram presos na tarde de segunda-feira (30), na operação 'Verita Visus', por suspeita de extorsão, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.
A ação foi deflagrada pela Polícia Civil de Minas Gerais na cidade de Santos Dumont, onde a sede da empresa está localizada.
As investigações foram motivadas por denúncias vindas de delegacias de várias partes do Brasil. Segundo as apurações, a empresa monitorava redes sociais à procura de perfis que vendiam produtos supostamente falsificados. Ao simular interesse na compra, os funcionários coletavam informações da vítima e ameaçavam-nas de abrir uma denúncia formal, caso um acordo extrajudicial não fosse pago.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, os valores exigidos pela empresa eram definidos de acordo com o número de seguidores que a vítima possuía nas redes sociais. Quando o pagamento não era feito, a empresa denunciava os perfis, que eram derrubados das plataformas, prejudicando ainda mais os vendedores.
No caso de Salvador, a vítima comercializava pequenas caixas de papelão para festas, com o escudo do time do Vitória, vendidas por R$ 1,60. A empresa exigiu o pagamento de R$ 1.600 da artesã pelo uso não autorizado da marca. Ao se recusar a pagar, a trabalhadora teve sua página no Instagram derrubada.
Os sócios que foram presos, uma mulher de 26 anos e um homem de 30, permanecem à disposição da Justiça.