Empresas comandadas por mulheres negras são mais atingidas pela pandemia, aponta pesquisa
Levantamento ouviu 6470 donos de pequenos negócios
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Uma pesquisa feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) divulgada na última segunda-feira (3) aponta que, as mulheres empreendedoras negras são o segmento mais afetado pela pandemia provocada pelo novo coronavírus, entre todos os grupos de empreendedores brasileiros.
O levantamento mostra que, as empresas lideradas por mulheres negras possuem maior dificuldade de funcionar de modo virtual e conseguir empréstimos bancários em razão do CPF negativado. Ainda segundo a pesquisa, os pequenos negócios liderados por esse grupo representam a maior proporção entre as empresas, que ainda permanecem com a atividade interrompida.
A pesquisa ouviu 6.470 donos de pequenos negócios de todos os estados e do Distrito Federal, entre os dias 25 e 30 de junho. Os dados mostram que enquanto 36% das empreendedoras negras estão com a atividade interrompida temporariamente, essa proporção cai para 29% entre as empresárias brancas e 24% entre os homens brancos (entre os homens negros, a proporção é de 30%).
Segundo o Sebrae, a dificuldade enfrentada pelas mulheres negras para manter as atividades é explicada, em parte, pelo fato de que os os negócios só conseguem operar de forma presencial (27%). Entre as mulheres brancas, a proporção cai para 21% e entre os empreendedores brancos, o segmento representa 20% (entre os empresários negros, o percentual é de 25%).