Endividamento das famílias bate novo recorde na pandemia
Segundo o Banco Central, esse é o maior porcentual da série histórica, localizado em janeiro de 2005
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A crise econômica causada pela pandemia de covid-19 fez o endividamento das famílias bater novo recorde no Brasil. Em abril, o endividamento das famílias com o sistema financeiro chegou aos 58,5%, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (28) pelo Banco Central. Esse é o maior porcentual da série histórica, localizado em janeiro de 2005.
O cálculo do BC leva conta o total das dívidas bancárias divididas pela renda das famílias no período de 12 meses. Como leva dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE , o porcentual tem certa defasagem. Por este motivo o resultado divulgado agora é de abril.
Por conta da pandemia, muitas famílias brasileiras encontraram dificuldades para fechar as contas. Uma consequência disso é a procura maior por crédito, que ocasiona o aumento do endividamento. Em abril do ano passado, segundo mês da pandemia, o endividamento geral das famílias estava em 49,2%, um porcentual 9,3 pontos porcentuais menor que o visto em abril deste ano.
As famílias ainda encontram dificuldades para pagar as obrigações mensais dos empréstimos e financiamentos bancários. O comprometimento da renda mensal dessas dívidas ficou em 30,5% em abril, mesmo porcentual registrado desde fevereiro deste ano. Em abril do ano passado, estava em 30,4%, antes da pandemia do novo coronavírus ficava abaixo dos 30%.