Energia elétrica produzida pela usina de Itaipú gera polêmica entre o Brasil e o Paraguai
O acordo foi assinado em 1973, e será revisto em 2023
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A compra de energia elétrica produzida pela Usina de Itaipu, que pertence ao Brasil e ao Paraguai, se tornou motivo de polêmica e crise política envolvendo os dois países. De acordo com a Agência Brasil, o motivo seria a negociação da ata de um acordo bilateral, referente ao cronograma de compra de energia elétrica que tem acusação do acordo aprovado sem a devida transparência, acarretando um prejuízo estimado em US$ 300 milhões.
O imbróglio resultou na demissão do presidente da Administração Nacional de Eletricidade (Ande), Alcides Jiménez, e do diretor paraguaio de Itaipú, Alberto Alderete, já que o Brasil e o Paraguai têm direito a 50% da energia produzida, mas parte da eletricidade destinada ao país vizinho é vendida para o Brasil.
Na semana passada, o ex-presidente da Ande, Pedro Ferreira, já havia renunciado após discordar dos termos do acordo, e se recusar a assiná-lo. Ontem (29), o Congresso paraguaio aprovou ainda a criação de uma comissão com deputados e senadores para acompanhar as negociações. Caberá ainda ao colegiado, formado por cinco deputados e cinco senadores, investigar questões relacionadas ao tratado de Itaipu.
O acordo foi assinado em 1973, e prevê que em 2023 tenha uma revisão dos valores para a venda da energia produzida pela usina. Ainda de acordo com as informações da agência, o governo Paraguaio deve encarar toda negociação com o Brasil sobre Itaipú, na base da transparência, em particular da plena soberania hidrelétrica. O projeto diz ainda que as negociações devem ocorrer com a ampla participação dos poderes do Estado.