Engenheiro é condenado a 27 anos de prisão por matar ex-namorada na Austrália
Em julgamento, Mário Marcelo Santoro disse se arrepender de matar Cecília Haddad
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Em julgamento no Tribunal do Júri da Justiça Federal do Rio de Janeiro, realizado na quarta-feira (21), o engenheiro Mário Marcelo Santoro, de 45 anos, confessou ter assassinado sua ex-namorada, a administradora Cecília Haddad, em 2018, na Austrália. Em decorrência dessa confissão, o Tribunal do Júri decidiu condená-lo a 27 anos de prisão por homicídio qualificado: por motivo torpe, asfixia, feminicídio e ocultação de cadáver. O advogado de defesa do acusado informou que irá recorrer da decisão.
Cecília foi asfixiada em sua casa e teve o corpo abandonado em um rio em Sidney. Durante o julgamento, Mário disse se arrepender do que fez e chorou ao lembrar do dia da morte da ex-namorada. João Miller Haddad, irmão de Cecília, disse que as lágrimas do engenheiro eram falsas.
"Ficamos muito emocionados e chocados de ver a desfaçatez dele e a frieza que ele tem de chorar ali e no instante seguinte parou de chorar. Quando houve outro questionamento, as lágrimas pararam, ele mudou a cara e deu para ver que foi falsidade dele", disse João. "Todo aquele choro fingindo se arrepender do que fez. Foi tudo falso", completou.
Relembre o caso
Segundo as investigações da polícia australiana, Santoro asfixiou Cecília em casa e jogou o corpo dela no rio Lane Cove, em Sidney, a 8,3 quilômetros da casa onde ela morava. Ao corpo dela, ele chegou a amarrar pesos.
Após o crime, Santoro pegou o carro de Cecília e foi até em casa, trocou de roupa e abandonou o veículo numa estação ferroviária. Depois, arrumou as malas e retornou ao Brasil. O engenheiro chegou ao Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio, no dia seguinte, 29 de abril, duas horas depois do corpo de Cecília ser encontrado.