Enquanto Senado retorna com as votações de forma 100% virtual, a Câmara mantém o sistema híbrido
Sistema híbrido está previsto também para as 25 Comissões Permanentes
Foto: Reprodução
Enquanto o Senado retornou com as votações em Plenário de forma 100% de forma remota (virtual), a Câmara dos Deputados mantém o sistema híbrido, com a recomendação para que os parlamentares do grupo de risco continuem com os trabalhos de forma remota. O sistema híbrido está previsto também para as 25 Comissões Permanentes, que devem ter a eleição de suas presidências na próxima semana, conforme prevê o presidente Arthur Lira.
Até agora, a indicação mais polêmica é a que deve ser mantida: da deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL) para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Lira informou que isso já foi acordado com o líder do PSL, Major Vitor Hugo, a quem cabe a indicação. Porém, a oposição ao governo e até deputados do partido questionam a indicação de Kicis. Isto porque ela é uma das investigadas no Inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) quanto ao financiamento e à realização de manifestações antidemocráticas no Brasil.
O deputado Delegado Waldir, do PSL, entende que Kicis representa a extrema direita. "Eu discordo da indicação dela. Se você olhar as redes sociais dela, ela participou e foi uma das articuladoras do grupo que andou com tochas em Brasília", lembrou o deputado. "Ela foi ativa no ataque à própria Câmara Federal e se calou agora sobre o risco de perder a indicação da CCJ. Ter uma pessoa com essa conduta na Comissão é um risco para a democracia e tira a credibilidade da Câmara perante o país", concluiu.
As Comissões estão paralisadas há um ano, por causa da pandemia da Covid-19 no Brasil. Neste ano, o Conselho de Ética foi reativado e agora a expectativa é pelo retorno dos outros órgãos colegiados.