Entidades de servidores apresentam contraproposta de reajuste salarial ao governo Lula
Servidores federais propõem recomposição salarial em três parcelas, desafiando a oferta do governo que prevê congelamento em 2024
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Entidades de classe do Poder Executivo federal, agrupadas no Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), apresentaram ao governo uma contraproposta ousada de reajuste salarial na manhã desta quarta-feira (10). A resposta vem à tona diante da oferta do governo Lula (PT), que, na prática, sugere congelamento salarial em 2024, com reajustes prometidos somente em 2025 e 2026. As informações são do portal Metrópoles.
O ofício enviado ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) destaca a recomposição salarial em três parcelas: 9% na primeira, seguidas de 7,5% nas duas subsequentes, programadas para maio de 2024, 2025 e 2026, respectivamente. Além disso, a contraproposta visa equiparar os auxílios-alimentação, saúde e creche aos valores praticados nos Poderes Legislativo e Judiciário até o final de 2026.
Rudinei Marques, presidente do Fonacate, enfatiza que considera "inaceitável o congelamento salarial neste ano e uma promessa de reajuste para os dois exercícios seguintes. O governo tem condições de recompor os salários já em 2024, e vamos brigar por isso."
O governo Lula havia proposto, no final de 2023, um reajuste de 9%, a ser dividido em duas parcelas de 4,5%, programadas para maio de 2025 e 2026. Contudo, a contraproposta dos servidores desafia essa oferta, destacando as diferenças substanciais com os reajustes concedidos nos Poderes Legislativo e Judiciário, totalizando 19,03%, implementados em três parcelas iguais de 6%.
A contraproposta aguarda análise do secretário de Relações de Trabalho, José Lopez Feijóo, e da ministra da Gestão, Esther Dweck, sem um prazo definido para uma resposta por parte do governo.