Equipe médica avalia necessidade de cirurgia no quadril de Lula após viagem ao Japão
O presidente tem sentido dores na região dos quadris
Foto: Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ser submetido a uma cirurgia no quadril nos próximos dias, depois que retornar do Japão, para onde embarcou na quarta-feira (17). A equipe médica do presidente afirmou que avalia a necessidade de intervenção cirúrgica.
Fontes próximas ao presidente informaram que a possibilidade de diminuição do ritmo da agenda de Lula não é considerada. Médicos que acompanham o chefe do Executivo nacional também acham improvável que ele desacelere. Desde que tomou posse, Lula já foi a Estados Unidos, Reino Unido, China, Emirados Árabes Unidos, Portugal e Espanha, além do Japão.
Lula tem sentido dores na região dos quadris. Em um evento na semana passada, na cidade de Salvador, na Bahia, o presidente chegou a dizer que "injeção já não resolve". No fim de fevereiro, ele foi submetido a um exame de imagem.
"O presidente realizou uma ressonância magnética no quadril, programada para acompanhamento da fisioterapia, dos exercícios que vem fazendo", informou, à época, a Secretaria de Comunicação da Presidência.
Osteoartrose:
A dor na articulação do quadril, numa pessoa acima de 75 anos, tem como primeira grande causa a osteoartrose, que é um desgaste da articulação que leva a um atrito anormal entre a cabeça do fêmur e o osso da bacia, segundo explica o coordenador do Instituto da Mobilidade do Hospital Moriah, o médico Marco Aurélio Silvério Neves.
"Isso, normalmente, vai progredindo e piorando com o tempo e tem pouca resposta com medicação, até que leva a um quadro de constante dor e de dificuldade para atividades da vida diária", acrescenta.
Segundo o médico, antes de se pensar na cirurgia, busca-se o tratamento chamado de conservador. "Consiste em uso de medicação, para melhorar a dor e diminuir os processos inflamatórios que são causados pela artrose, e fisioterapia, que tem por objetivo melhorar a mobilidade e a condição muscular para ajudar a absorção de impacto e dar mais conforto para o paciente", explica Neves.
Marco completou dizendo “Depois dessa tentativa, sem resposta, a cirurgia começa a ser cogitada, especialmente, quando o paciente tem bastante sintoma e bastante impacto no que diz respeito à qualidade de vida. Parece ser o caso do presidente, que está reclamando de dores constantes, que está com muita limitação, e, durante um tempo, pelo menos três meses, está tentando tratamento com fisioterapia também.”