Escassez de chips na indústria vai durar ao menos 1 ano, afirma executivo global da Intel
Segundo Gregory Ernst, a operação no Brasil dobrou em dois anos e o país se tornou “top 3” para a empresa
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O vice-presidente corporativo de Vendas e Marketing da Intel, Gregory Ernst, disse que a atual escassez global de semicondutores, chips que abastecem os sistemas eletrônicos de carros a data centers, tem causado atrasos e aumento de preços na indústria. Segundo ele, esse cenário deve durar pelo menos 1 ano.
“Na Intel, já estamos hoje capacitados para atender a demanda. Mas acredito que, para a indústria de semicondutores como um todo, o problema não estará resolvido nos próximos 12 meses”, afirmou, em entrevista exclusiva ao CNN Brasil Business.
Recentemente, Ernst também assumiu a diretoria-geral da companhia para as Américas, numa reformulação que uniu os negócios do Brasil e da América Latina ao braço da América do Norte, onde está localizada a sede da empresa, e que reconhece o aumento da relevância da região para o grupo.
“Nossa operação no Brasil dobrou de tamanho nos últimos dois anos, e o Brasil terminou 2021 no top 2 ou 3 entre todos os nossos mercados”, explicou o executivo.
“As oportunidades para o Brasil e América Latina nos próximos cinco a dez anos são muitas”, acrescentou a diretora geral da Intel Brasil, Gisselle Ruiz Lanza.
“Há um crescimento muito rápido dos serviços digitais que, em mercados mais maduros, já veio acontecendo ao longo da última década. Aqui estamos ainda em um estágio inicial e isso foi muito acelerado durante a pandemia”, afirmou Lanza.