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Saúde

Especialista afirma que imunidade coletiva só com mais de 90% de vacinados

Novas variantes do coronavírus dificultam o processo

Por Da Redação
Ás

Especialista afirma que imunidade coletiva só com mais de 90% de vacinados

Foto: Getty Images

A imunidade coletiva, conhecida popularmente como “de rebanho”, vem sendo bastante discutida no Brasil desde o início da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O surgimento de novas variantes do vírus, no entanto, faz com que a pandemia continue evoluindo e dificulta alcançar a imunidade coletiva. A infectologista Raquel Stucchi, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), estima que a imunidade de rebanho só será atingida com mais de 90% da população com o esquema vacinal completo.

Ela acentua também a importância do uso de imunizantes que tenham uma maior eficácia e uma proteção mais duradoura, e a expansão das faixas etárias vacinadas. “A vacinação de crianças é fundamental para alcançar a imunidade coletiva. Precisamos, para controlar a pandemia, de 90% da população total vacinada. Isso só se alcança quando se incluem as crianças também”, afirma a médica em entrevista ao portal Metrópoles.

Stucchi indica, ainda, que o objetivo não pode ser alcançado através do contágio pela doença. Isso porque, segundo ela, a proteção conferida pela Covid-19 dura pouco tempo e depende da variante. De acordo com a especialista, o papel da imunidade coletiva é evitar a transmissão sustentada do vírus em todos os continentes, retirando a Covid-19 da definição de pandemia. “Ela pode ficar endêmica com surtos, como acontece com a gripe”, afirma.

Máscaras

Em um cenário ideal com imunidade coletiva e um percentual grande de vacinados, Raquel Stucchi afirma que o uso de máscara pode ser recomendado só para pessoas com os sintomas respiratórios, como já acontece nos países asiáticos. Entretanto, isso não significa que os equipamentos não sejam indicados para quem quer se prevenir de doenças virais.

Sobre a possibilidade de doses de reforço anuais, a especialista considera um recurso fundamental pelo menos para grupos de alto risco, como idosos e imunossuprimidos. Para ela, a questão vai depender das vacinas que temos disponíveis.
 

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