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Saúde

Especialista defende estratégias para vacinar adolescentes em ambiente escolar

Imunizar jovens é um desafio em todo o mundo

Por Da Redação
Ás

 Especialista defende estratégias para vacinar adolescentes em ambiente escolar

Foto: Agência Brasil

A pediatra Ana Goretti Kalume Maranhão defendeu na última sexta-feira (10), durante a Jornada Nacional de Imunizações, que melhorar a articulação entre saúde e educação é um dos caminhos para elevar a proteção dos adolescentes. Segundo ela, conscientizar professores, pedir a carteira de vacinação na matrícula escolar e até levar os vacinadores às escolas são iniciativas que podem ajudar a reverter o cenário de baixas coberturas vacinais na adolescência.

"Vacinar adolescentes é um desafio em todo o mundo. Apesar de o adolescente se achar invencível e não buscar unidades de saúde, ele continua vulnerável a doenças imunopreveníveis", disse a pediatra.  "É nessa faixa etária em que começam as viagens, as festas em ambientes fechados, a experimentação tanto sexual, quanto drogas e álcool. É a faixa etária que mais tem acesso às redes sociais e mais influencia, e é também a faixa etária mais atingida pelas fake news", completou.

Os desafios relacionados à vacinação de adolescentes aumentaram com a pandemia, que causou o fechamento das escolas e afastou a população das unidades de saúde. Correr atrás desse prejuízo, defende Ana Goretti, passa por um maior envolvimento da escola na vacinação.  "A experiência com outros países tem demonstrado que onde você tem as maiores coberturas vacinais é onde a gente tem a vacinação dentro do ambiente escolar. Se o adolescente não vai à unidade de saúde, a unidade de saúde precisa fazer uma estratégia para ir ao adolescente", afirmou. 

A pediatra acredita que materiais de divulgação direcionados aos professores são uma forma de levar o tema da prevenção para a sala de aula. Além disso, outra forma de incentivar a imunização é incluir a apresentação da caderneta de vacinação no ato da matrícula escolar.

HPV

Considerada pela especialista o maior alvo das fake news, a vacina contra o HPV está longe de atingir as metas do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os adolescentes de 11 a 14 anos, 66% das meninas e 36% dos meninos concluíram o esquema de duas doses, quando as metas são de 90%, no caso da OMS, é de 80%, no caso do Brasil.

Desde 2017, a vacina é recomendada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. O Brasil é um dos 112 países que aplicam essa vacina e distribuiu mais de 50 milhões das 400 milhões de doses contra o HPV disponibilizadas no mundo. 

Mesmo assim, menos da metade do público alvo de meninas foi vacinada com duas doses no Acre (33,6%), no Amapá (46,2%), na Bahia (47,9%), no Maranhão (49,7%), Para (43,9%), Rio de Janeiro (44,6%) e em Rondônia (43,1%).  No caso dos meninos, a situação é bem mais grave, sendo o Paraná o único estado que aplicou as duas doses em mais da metade do público alvo, com 57,7%.  


 

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