Especialista traz dicas para evitar a sobrecarga emocional no fim de ano
Eleições, Copa do Mundo: é preciso evitar a euforia e o nervosismo
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Com o fim do ano se aproximando, sentimentos de euforia, ansiedade e pressão podem aflorar mais. Em um ano como 2022, com tantos eventos relevantes, como a Copa do Mundo e as eleições, além do contexto pós-pandemia, é necessário estar atento ao comportamento da sociedade e, em especial, de jovens e crianças.
Segundo dados da pesquisa “Juventudes e a Pandemia: E agora?”, que ouviu mais de 16 mil pessoas de 15 a 29 anos em todo o Brasil, seis em cada dez jovens relatam ter sentido ansiedade nos últimos sete meses, por conta dos efeitos da pandemia de covid-19 em suas vidas.
De acordo com Eduardo Calbucci, professor e diretor-geral do Programa Semente – metodologia focada na aprendizagem socioemocional –, quando pensamos em Copa do Mundo e nas eleições, por exemplo, o desfecho dos acontecimentos está completamente “fora” de nossas possibilidades reais de interferência. Mas isso não significa que esses eventos não possam despertar ansiedade, frustração e, alguns casos, euforia.
Emoções são benéficas ou prejudiciais?
Eduardo Calbucci relata que sentimentos, mesmo os desagradáveis, podem nos ensinar. Talvez o que as pessoas precisem é avaliar as situações do dia a dia com cuidado e perceber se essas emoções são coerentes com aquilo que estamos vivendo. “Ficar frustrado porque o Brasil não foi campeão na Copa, ficar desanimado por causas das eleições, lidar com a possibilidade de ter que fazer um ano de cursinho, devido a não aprovação no vestibular são emoções esperadas. O estranho seria que, num momento no qual as coisas não saem como a gente gostaria, as pessoas não ficassem tristes ou com essa sensação de injustiça. E isso é sempre uma oportunidade de aprendizado e autoconhecimento”, complementa.