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Vídeo: Espetáculo resgata as vivências no regime nazista e busca conectar os jovens através das dores e alegrias de Anne Frank

‘O Diário de Anne Frank’ terá uma apresentação única na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, no sábado (15), às 20h

Por Giovanna Amorim
Ás

Atualizado
Vídeo: Espetáculo resgata as vivências no regime nazista e busca conectar os jovens através das dores e alegrias de Anne Frank

Foto: Arquivo Pessoal

O Espetáculo “O Diário de Anne Frank” regata as vivências da adolescente alemã durante o regime nazista, e promete aproximar o espectador, principalmente os jovens, deste cenário. As alegrias e temores vividos por Anne, será representado pela dança, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, no sábado (15), às 20h. 

O Holocausto foi uma das maiores tragédias da humanidade, que vitimou cerca de seis milhões de pessoas. O horror vivenciado pelos judeus deixou marcas no mundo, e o espetáculo traz à tona a discussão de que essa história não pode ser repetida, mas deve ser lembrada. Em entrevista ao Farol da Bahia, os atores contam mais sobre suas experiências em representar universo da Alemanha nazista, e a vida simbólica de Anne Frank. 

O artista Jordan Dafner irá interpretar Otto Frank, pai de Anne Frank. Ao Farol da Bahia, ele disse que o mais marcante do seu papel é, justamente, o local de paternidade. Em uma situação de risco, o pai de Anne se preocupa em proteger a sua família, mostrar força e resiliência, mas sem deixar de expressar suas angústias e o medo.  

“Ele é um pai que está ali prestes a perder as duas filhas e a sua esposa também. Então esse é o ponto mais interessante do personagem, a dualidade, entre uma pessoa que está ali sofrendo porque ele também era judeu, também estava na mira dos nazistas, mas ele não pode se desesperar e fugir, porque ele tem uma família pelo qual ele é responsável. Esse conflito entre responsabilidade e angústia é o que marca o personagem”, disse Jordan. 

Anne Frank foi uma menina de 13 anos, que teve a infância interrompida por um desastre. O clima de tensão e medo pelo sumiço dos amigos e familiares serão vividos por Sara Tude, que compartilha em sua interpretação e sentimentos em ‘andar nos passos’ de Anne. 

“É preciso encontrar a inocência de uma menina de 13 anos que não sabia o que estava por vir nos próximos momentos, após as últimas páginas do seu diário. É preciso olhar para a Anne antes de conhecer o terror da guerra e para a sua esperança que ali ainda existia. Eu preciso me lembrar que existiam milhares de 'Annes' e que elas estão representadas através de mim.  É uma responsabilidade imensa contar a história de Anne Frank e dessas adolescentes que não tiveram a oportunidade de escrever o seu próprio final. A menina que, apesar da morte e da guerra, conseguiu alcançar o seu sonho e pode permanecer viva através de mim e de todos que se conectam com as palavras do seu Diário”, contou Sara. 

A bailarina Lorena Albergaria, que irá representar uma das judias da peça, conta sobre sua participação ter proporcionado a ela momentos de sensibilidade e a evolução do espetáculo com o passar dos anos. 

“Apesar de ser uma história densa, estamos falando do Holocausto, mas é muito bonito de se assistir. Eu, inclusive, quando voltei a ensaiar, tive momentos de choro, de descarregos, mas é isso. Estou muito empolgada pro dia 15”, disse Lorena. 

O espetáculo de dança contemporânea encenado pela Cia. Byla, foi criado em 2019 e terá a direção da coreógrafa Luciana Tude, que compartilhou com o Farol as inspirações para a criação deste espetáculo. 

“A inspiração principal foi a comunicação entre o público adolescente e jovem. A gente queria conversar de uma forma mais direta em uma linguagem em que eles se sentissem abraçados. Primeiro utilizamos a literatura e depois, o tema principal foi ‘O Diário de Anne Frank’, que é uma adolescente que está em uma situação de muita limitação, em estado crítico, e ela encontra esperança, novas possibilidades de vida e sonhos”, diz a diretora. 

“A mensagem principal é: ‘no meio do caos, há esperança'. Na época em que ele foi montado, estava tendo uma campanha muito grande do Setembro Amarelo, foi quando a gente apresentou. Falava-se muito sobre depressão e etc. Anne Frank é um símbolo de uma adolescente que tinha tudo para estar arriada em uma cama, em um estado de muita tristeza e depressão porque tudo foi tirado dela. E naquele anexo ela aprendeu novas línguas, encontrou o primeiro amor da vida dela, então em um estado de limitação, ela teve muita superação e esperança” acrescentou Luciana. 

O Holocausto judeu aconteceu há mais de um século, mas ele voltou ao centro de discussões da geopolítica nacional e internacional após a intensificação dos conflitos entre os israelenses e palestinos. Sob a liderança de Adolf Hitler, o objetivo era exterminar os judeus por considerá-los uma “raça inferior”. O espetáculo vai registrar a vida de Anne, até o momento em que ela e seus aliados se esconderam em um anexo secreto, e vivenciaram suas últimas alegrias. 

Confira mais no vídeo abaixo:

 

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