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'Esqueceu a própria história', diz líder trabalhista sobre veto de Lula à desoneração

A decisão do presidente põe 1 milhão de empregos em risco; entenda

Por Da Redação
Ás

'Esqueceu a própria história', diz líder trabalhista sobre veto de Lula à desoneração

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), expressou sua desaprovação ao veto total do presidente Lula ao projeto de lei que estende a desoneração da folha de pagamento de 17 setores até 2027.

"É muito ruim para ele. Demonstrou insensibilidade e contrariedade com a história dele, porque sempre buscou alternativas para inclusão e geração de empregos. Parece que esqueceu um pouco a própria história", destacou Patah ao R7.

Lula vetou o texto na noite de quinta-feira (23), último dia do prazo para que a decisão fosse tomada. Com a decisão do petista, a medida termina em 31 de dezembro deste ano, com um risco de perda de 1 milhão de empregos após o fim da validade da desoneração.

Empresários, centrais sindicais e parlamentares, que representam os setores atualmente beneficiados pela desoneração, pressionaram o governo federal para que a matéria fosse sancionada.

Para Patah, o presidente, ao vetar o texto, põe em risco "os empregos dos jovens, em especial". O líder sindical garantiu que vai trabalhar para que a decisão do petista seja derrubada pelo Congresso Nacional.

Por lá, a proposta conta com o apoio de parlamentares, sendo que 84% dos deputados federais são favoráveis ao projeto, com 430 votos a favor. Além disso, os senadores aprovaram a matéria por votação simbólica. Diante desse cenário desfavorável, é esperada uma forte reação do Congresso.

Projeto

O objetivo da desoneração é aliviar parcialmente a carga tributária. A medida está em vigor desde 2011, adotada durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Quando a concessão foi implementada, havia 56 setores beneficiados. No entanto, em 2018, o ex-presidente Michel Temer sancionou uma lei que removeu 39 desses setores do regime. Originalmente, a medida teria validade até 2021, mas o então presidente Jair Bolsonaro prorrogou a desoneração.

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