Coronavírus

"Está avaliando nomes", afirma Pazuello sobre Bolsonaro cogitar troca no comando do Ministério

"Eu não estou doente e não pedi pra sair", disse o ministro em coletiva

Por Juliana Dias
Ás

"Está avaliando nomes", afirma Pazuello sobre Bolsonaro cogitar troca no comando do Ministério

Foto: Agência Brasil

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, confirmou nesta segunda (15) que Jair Bolsonaro está "avaliando nomes" para a troca do comando da Pasta. "O presidente [Jair Bolsonaro] está nesta tratativa de reorganizar o Ministério, enquanto isso não for definido, a vida segue normal. Eu não estou doente e não pedi pra sair. Nós estamos trabalhando focados na missão, quando o presidente tomar a decisão, será feita a transição conforme manda o figurino", falou em entrevista coletiva.

"Eu não vou pedir pra embora, isso não é uma brincadeira, isso é um país em uma pandemia. Se haverá substituição cabe ao presidente da República, não cabe a mim", ponderou. "Não me sinto em hipótese alguma pressionado, por notícia ou posição, esse não é o problema, os problemas são a pandemia, os óbitos, os contaminados, isso é difícil, o resto é fácil", finalizou.
Pazuello, disse ainda afirmou que o Sistema Único de Saúde (SUS) será colocado à prova em 2021 com o novo ciclo da pandemia da Covid-19 no Brasil, que conta com novas mutações no vírus, mais contagiosas e que têm causado mais mortes. Ele defendeu a "vacinação em massa" como a principal estratégia, mas voltou a falar sobre o tratamento "off-label", com remédios indicados pelos médicos que possam tratar os sintomas e destacou cuidados individuais, como o uso da máscara de proteção e do álcool em gel nas mãos.

Em relação à vacinação, segundo o ministro, foram finalizados 10 contratos (Fiocruz, Butantan, Covax Facility, Precisa, União Química, Pfizer e Janssen) e há tratativas com a Moderna. Ao todo, caso o cronograma seja seguido, 563 milhões de doses já estão contratadas para este ano, e outras 13 milhões podem entrar no calendário com as vacinas da Moderna, previstas para o segundo semestre deste ano. Para Pazuello, são normais os ajustes no calendário. "O cronograma é para ser alterado quando a farmacêutica não entrega, quando a linha de produção para, quando acontece qualquer dificuldade na legalização das doses. Quanto mais estivermos no começo do processo, mais alterações devem acontecer. Quanto mais estabilizado for ficando o processo, menos alterações devem acontecer", explicou. "Nós vamos vacinar até o meio do ano os grupos prioritários e vamos chegar ao final de 2021 com toda população brasileira vacinada", previu.

Pazuello ainda explicou que estados e municípios podem comprar a vacina desde que o produto seja destinado ao Programa Nacional de Imunização (PNI). "Não haverá estados ou municípios vacinando antes de outros, não existe essa divisão", falou. O que foi combinado com o Consórcio do Nordeste que comprou 37 milhões de doses é que eles terminem a contratação e depois façam um novo contrato com a União que ficará responsável pelo pagamento e pela distribuição das doses pelo país. "Me coloco à disposição dos governadores e prefeitos, para que possamos tratar individualmente as necessidades", afirmou

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