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Estudo afirma que os jovens com baixa renda expostos à violência tem maior risco de internação psiquiátrica

Foram cerca de 9 milhões de jovens que tinham na época 5 a 24 anos durante 2011 e 2018

Por Da Redação
Ás

Estudo afirma que os jovens com baixa renda expostos à violência tem maior risco de internação psiquiátrica

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo

Segundo os resultados de um estudo recém-publicado no Internacional Journal of Epidemiology, jovens com baixa renda que foram expostas à violência têm cinco vezes maior o risco de ter uma internação psiquiátrica. Com apoio do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia) em parceria com a Universidade de Harvard, o estudo teve o objetivo de investigar os fatores associados ao risco de pessoas jovens serem internadas por transtornos mentais.

Para comprovar esses casos, a pesquisa utilizou dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Violências) vinculados a dados da Coorte de 100 Milhões de brasileiros. Além disso, o estudo contou com cerca de 9 milhões de jovens que tinham na época 5 a 24 anos durante 2011 e 2018. Sendo cerca de 5 mil internados por transtornos mentais, 5,8% delas já tinham um registro prévio de notificação de violência interpessoal no Sinan Violências.

O estudo avaliou as faixas etárias entre 5 e 11 anos, 12 a 17 anos e 18 a 24 anos, e olhando para cada faixa etária, o risco desse tipo de internação é sete vezes maior no subgrupo de crianças de 5 a 11 anos que tem registros de notificação de exposição à violência em comparação àquelas que não têm registros. Assim comentou a pesquisadora da Associada ao Ciadcs/Fiocruz Bahia e Investigadora da Pesquisa, Lidiane Toledo. 

Fatores socioeconômicos

O documento também ressalta que alguns fatores socioeconômicos mostraram uma associação mais forte com a internação psiquiátrica da juventude de baixa renda.

Segundo a pesquisadora, apesar de uma internação psiquiátrica ser um suporte clínico importante em casos graves, ela está associada a riscos de autolesão, suicídio e reinternações após a alta, além de evasão escolar com consequências diretas na vida das crianças e adolescentes. 

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