Estudo aponta que luz antes de dormir não afeta tanto a qualidade do sono
Pesquisa foi realizada por pesquisadores da Universidade da Basileia, na Suíça
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De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Basileia, na Suíça, a luz não faz tanta diferença assim, na hora de dormir. Os cientistas apontam que o olho é sensível, mas não suficiente para atrapalhar o sono. A pesquisa foi publicada na revista científica Sleep, do grupo Oxford Academic.
O processo de pesquisa foi realizado com 29 pessoas com idade média de 23 anos. Todos alegaram ter uma história saudável com o sono, sem problemas para dormir ou insônia. Na primeira noite que passaram no laboratório, todos foram expostos a um tipo de luz de tela por uma hora, e pararam 50 minutos antes da hora que normalmente vão dormir.
Após uma semana, todos retornaram ao centro de pesquisa, e foram expostos a dois tipos de luz: uma com grande proporção de azul, e outra com pouca. A diferença não é perceptível aos pacientes, mas faz diferença para as células especializadas do olho. Os cientistas usaram um eletroencefalograma para monitorar a atividade do cérebro enquanto os voluntários estavam sonolentos.
amostras de saliva a cada 30 minutos nas cinco horas antes que os voluntários fossem dormir, e também na manhã depois que acordaram, foram recolhidas pelos pesquisadores. Além disso, todos responderam um questionário sobre o quão sonolentos se sentiram antes de dormir, se dormiram bem e se estavam se sentindo alertas.
A luz mais forte, que devia ter efeito na melatonina, diminuiu os níveis do hormônio em 14%, mas não foi detectada nenhuma diferença na qualidade do sono dos participantes. “Provavelmente, a melatonina e o sono não são tão ligadas como pensamos”, explica a cientista Christine Blume, uma das autoras do estudo, em entrevista à revista New Scientist.
Blume afirma que, provavelmente o sono e a vontade de dormir são mais fortes em pessoas saudáveis do que o efeito da luz nos hormônios. “O estudo mostra que a exposição à luz forte durante a noite, por um período limitado de tempo, não necessariamente impacta o sono”, diz a pesquisadora.