Estudo aponta que menor exposição ao ar poluído tende a reduzir risco de depressão
Poluição do ar causa sete milhões de mortes ao ano, segundo a OMS

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Um estudo divulgado nesta quarta-feira (18) pela University College London (UCL) aponta que se houver uma menor exposição a materiais particulados, que estão no ar poluído, tende a reduzir em até 15% o risco de depressão e suicídio. O material foi publicado no periódico “Environmental Health Perspectives”.
O artigo e entidades que trabalham para tratar a depressão, ansiedade, bipolaridade, psicose e risco de suicídio afirmam que se fossem reduzidas a concentração de materiais particulados no ar – de 44 microgramas por metro cúbico para 25 microgramas -, os casos de depressão poderiam reduzir.
A poluição do ar contém diversos poluentes, dentre eles os materiais particulados, gases poluentes e compostos metálicos e orgânicos. A análise do estudo se concentra nos materiais particulados, que contêm sulfato, nitrato e carbono negro, e estão associados a uma maior recorrência de problemas de saúde relacionados à poluição.
Segundo informações da Organização Mundial de Saúde (OMS), a poluição do ar causa a morte de 7 milhões de pessoas ao ano, por conta das partículas finas que entram no pulmão e no sistema cardiovascular, causando acidentes vasculares cerebrais, doenças cardíacas, câncer de pulmão, infecções respiratórias, entre elas, pneumonia. O estudo da UCL cita evidências de que inflamações no sistema nervoso central, causada pelas micropartículas, estão associadas a patologias como depressão e psicose.
Apesar das dos estudos, a mais recente Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) terminou sem que os países definissem "compromissos mais ambiciosos" para reduzir as emissões de gases poluentes.