Estudo aponta que variante brasileira pode driblar anticorpos e imunizantes
Pesquisadores também estimam que cepa seja mais transmissível
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Pesquisadores da USP e Unicamp, no Brasil, e da Universidade de Oxford, no Reino Unido, publicaram um estudo preliminar que indica que a variante brasileira do novo coronavírus podem driblar o sistema imunológico des pessoas que tiveram Covid-19 e das que já foram imunizadas.
Nos testes clínicos, o vírus P.1, como é chamado a mutação que surgiu no Amazonas, e da cepa tipo B, mais comum no Brasil, foram testados em plasmas de pessoas que tinham sido infectadas com a Covid-19 ou que já tenham recebido a segunda dose dos imunizantes para verificar se a variante seria neutralizada.
Como resultado, o plasma imune de doações de sangue curados da Covid-19 tinha seis vezes menos capacidade de combater a linhagem P.1 do que a linhagem B. Já o plasma de indivíduos vacinados não conseguiu neutralizar a mutação com eficiência.
Um outro estudo preliminar feito por pesquisadores brasileiros e britânicos mostrou que a cepa P.1 tem uma probabilidade de 25% a 61% maior de escapar da imunidade desenvolvida a partir de uma contaminação prévia, além de ser de 1,4 a 2,2 vezes mais transmissível do que as anteriores, aumentando em dez vezes a carga viral nas células do doente.
As duas pesquisas, no entanto, ainda passarão por avaliação de outros cientistas.