Estudo da USP mostra que sintomas pós-Covid permanecem em 80% dos pacientes com comorbidades
A pesquisa analisou 175 pessoas, das quais a maioria era obesa
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Uma pesquisa desenvolvida por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), feita com 175 pacientes que possuem comorbidades e tiveram Covid-19, apontou que em 80% dos casos os sintomas pós-doença permanecem por até quatro meses após o início da fase mais aguda da infecção.
Os pacientes participantes do estudo têm média de idade de 53 anos e Índice de Massa Corporal (IMC) médio de 31,7, o que já configura obesidade, de acordo com os pesquisadores. Além disso, muitos possuem doenças crônicas como hipertensão e diabetes. Alguns também relataram que já foram fumantes.
Durante o estudo, os pesquisadores observaram que pacientes que apresentaram quadro mais graves foram os que mais tiveram sintomas pós-infecção, com índice de 93%. Entre os citados, os mais comuns foram fadiga, fraqueza, dor de cabeça, falta de ar, tosse, esquecimento e perda de memória.
A pesquisa também apontou que a qualidade de vida dos pacientes piorou depois da Covid-19. Antes da infecção 64% relataram que a vida era boa e 16% muito boa. O número caiu para 56% e 12,3%, respectivamente.
Os pesquisadores continuam fazendo o acompanhamento desse público participante da pesquisa para estudar se os sintomas apresentados são prolongados apenas ou se são verdadeiras sequelas da doença.