Estudo demonstra como carga de treinos pode influenciar nas lesões
Pesquisa foi feita com 784 corredores que treinavam para uma meia maratona
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A relação envolvendo carga de treinamento e lesão parece a cada dia estar mais evidente para a maioria dos corredores. Afinal, apenas quando aumentamos de forma desproporcional o volume e intensidade dos treinos é que podemos nos machucar. Entretanto, uma nova pesquisa publicada no portal Journal of Science and Medicine in Sports, realizado no início deste ano, demonstrou que o contrário também pode acontecer. O estudo foi realizado com 784 corredores que treinavam para uma meia maratona, concluiu que a carga de treinamento, em especial a quilometragem e ritmo segue sendo um fator dominante na causa de lesões relacionadas à corrida.
Aqueles que corriam menos e em velocidade reduzida, aponta o estudo, eram mais suscetíveis de sofrer lesões. Segundo destacou a publicação, "corredores que fazem menos de 15 km semanais e/ou corridas mais lentas que 6 min/km podem ter mais lesões relacionadas à corrida do que aqueles que fazem mais".
Como a análise foi realizada
Na ocasião, 784 voluntários saudáveis foram escolhidos e encorajados a seguir uma planilha específica para a meia maratona. Todos os dados relacionados ao progresso nos treinos foram coletados com ajuda de relógios ou celulares com GPS. Enquanto a quantidade de lesões envolvendo corrida foi obtida através de questionários semanais respondidos via e-mail.
Após essa fase inicial, corredores foram divididos em quatro grupos. Sendo, os que corriam mais de 15 km semanais; os que corriam menos; os que treinavam percorrendo mais rápido que 6 min/km; e por último, os que treinavam em velocidade mais reduzida. Os resultados apontaram que 136 participantes sofreram lesões no momento do treinamento de 14 semanas para a meia maratona. A solução para melhoria foi aumentar os treinos de velocidade mas sem aumentar a quilometragem, melhorando a energia para correr.