Estudo diz que dormir menos de 6 horas por noite pode trazer falhas para cérebro
Pesquisa acompanhou por 25 anos quase 8 mil pessoas de meia-idade
Foto: Getty Images
De acordo com um estudo publicado nesta terça-feira (20), pela revista Nature Communications, dormir seis horas ou menos por noite, pode trazer falhas futuras para o cérebro.
O estudo que acompanhou quase 8 mil pessoas por 25 anos, encontrou um risco maior de demência em pessoas que tinham “duração do sono de seis horas ou menos aos 50 e 60 anos” em comparação com aqueles que dormiam sete horas por noite. Além disso, a curta duração do sono persistente das pessoas com idades entre 50 e 70 anos também foi associada a um “risco aumentado de demência em 30%”, independentemente de “fatores sociodemográficos, comportamentais, cardiometabólicos e de saúde mental”, incluindo depressão.
Segundo Tara Spires-Jones, diretora adjunta do Centro de Descoberta de Ciências do Cérebro, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, “o sono é importante para o funcionamento normal do cérebro e para limpar proteínas tóxicas que se acumulam nele, podendo provocar demências” .
Pessoas que tem Alzheimer sofrem com dificuldades para dormir. Na verdade, a insônia, a perambulação noturna e a sonolência diurna são comuns em pessoas com Alzheimer, bem como outros distúrbios cognitivos, como demência com Corpos de Lewy e demência do lobo frontal.
Outro estudo publicado em 2017 revelou que adultos saudáveis de meia-idade que dormem mal por apenas uma noite produzem uma abundância de placas de beta-amiloide, uma das marcas do Alzheimer. A beta amiloide é um composto de proteína pegajosa que interrompe a comunicação entre as células cerebrais, eventualmente matando as células à medida que se acumula no cérebro.
O estudo também descobriu que uma semana de sono interrompido aumenta a quantidade de tau, outra proteína responsável pelos emaranhados associados ao Alzheimer, demência do lobo frontal e doença com Corpos de Lewy.