Estudo japonês identifica locais de maior contaminação do coronavírus
Locais como bares, karaokês e academias foram considerados ambientes de supercontaminação
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Um estudo japonês realizado com pacientes afetados pelo coronavírus identificou locais como bares, karaokês e academias como ambientes de supercontaminação. Segundo o estudo, publicado em 10 de junho no Emerging Infectious Diseases, um periódico científico ligado ao CDC, órgão do governo dos EUA, foram avaliados 3.184 casos de Covid-19 confirmados em laboratório, incluindo 309 importados de fora do Japão.
O estudo foi conduzido pelos doutores Yuki Furuse, Eiichiro Sando, Naho Tsuchiya, Reiko Miyahara, Ikkoh Yasuda e Yura K. Ko e suas equipes, e teve apoio do Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia no Japão e da Agência Japonesa de Pesquisa e Desenvolvimento Médico.
De acordo com a pesquisa, familiares ou pessoas que convivem em uma mesma casa não foram incluídas na análise, que detectou 61 incidentes do tipo. Os locais considerados de maior risco para supercontaminação foram unidades de saúde (30%).
Logo em seguida estão outros locais de atendimento, como casas de repouso e clínicas (16%). Os bares, porém, têm porcentagem semelhante, de 16%, acima até dos locais de trabalho (13%).
Em termos de quantidade de pessoas contaminadas, também um hospital foi o local onde aconteceu a maior disseminação: incluindo pacientes e funcionários, 100 contraíram o coronavírus no mesmo lugar.
Em uma única apresentação de música ao vivo, 30 pessoas acabaram contaminadas, entre músicos, público e a equipe que trabalhou no evento.
O estudo conseguiu identificar os possíveis causadores de 22 dos 61 incidentes, e quando 16 deles ocorreram. Essas descobertas mostraram que metade dessas pessoas tinham menos de 40 anos, e 41% estavam pré-sintomáticos ou assintomáticos quando transmitiram o coronavírus.